terça-feira, 14 de agosto de 2018

Agressividade

Qual pai/mãe que já não foi abordado pela educadora ora porque o filho foi agredido pelo colega, ora porque o filho agrediu o colega? Ficamos com o coração destroçado. Não é uma situação incomum e, se no primeiro caso há um sentimento de revolta e indignação (“Como é possível aquela criança ter um comportamento destes?” ; “Que pais permitem isto?”) no segundo um sentimento de tristeza apodera-se de nós (“Como é possível o meu filho ter uma atitude destas?” ; “O que estou fazendo errado?”)

Para compreender o comportamento da criança é importante esclarecer que, normalmente, entre um e quatro anos de idade, a criança é egocêntrica, acredita que o mundo existe e funciona em função dela e das suas necessidades. O comportamento agressivo faz parte do desenvolvimento e acontece porque os pequenos ainda não conseguem comunicar perfeitamente as suas emoções, os seus sentimentos e há pouco controlo sobre os impulsos. Respostas como morder, bater, arranhar,... costumam ser as alternativas para manifestar sentimentos de frustração e/ou raiva. Ao agredir a criança pode estar a tentar compreender as consequências deste ato ou, ainda, estar a pedir ajuda para lidar com sentimentos que para ela são difíceis de gerir. É um conflito interno!

No entanto, cabe-nos a nós (pais e todos os que lidam com crianças) intervir no sentido de ajudar os pequeninos a compreender os seus sentimentos e gerir as suas emoções. Há que orientar de forma consistente e positiva, sem nunca ignorar e/ou aceitar tais atitudes, mesmo sabendo que é uma fase do desenvolvimento. É importante mostrar/explicar que agredir os outros não é bom e não é admissível.

Educar não é fácil mas é o caminho de um mundo melhor!