segunda-feira, 27 de abril de 2020

Escolhas (O Eremita)

Parei de insistir
onde não havia o que estava procurando.
Parei de esperar em cadeiras ocupadas.
Parei de colocar minhas expectativas em pessoas ocupadas demais.
Parei de fingir que o outro entendia.
Parei de colocar meus olhos e esperança em corações que não queriam bater ao meu lado.

E então... a magia aconteceu...
Voltei para mim,
como o único destino possível.
Voltei para mim, como a única maneira disponível e inevitável.
Voltei para mim, como a única reunião pendente.
Voltei para mim e pude ver as feridas, as cicatrizes,
as dores e a minha alma destroçada,
clamando por paz.

E eu me aceitei.
Eu me acolhi.
Eu me perdoei.
Me respeitei.
Eu me nomeei com minha própria voz.
E eu me encontrei diferente.
Me conectei com a minha própria essência.

E então... a magia aconteceu... 
Eu enxerguei que eu possuía as chaves das portas que quero abrir.
Aqui dentro.
Lá fora, existem apenas ilusões.
Mas, eu decido onde e como isso depende de mim.

Eu decido para onde...
Eu escolho como...
Eu escolho com quem...
Eu decido o que eu quero...
Eu decido o que mereço...
e o que não!

E a magia aconteceu para mim,
porque ela nunca partiu,
porque ela sempre viveu em mim,
mas ela não me permitiu vê-la,
por rejeita-lá.

E então desci às minhas sombras
e me levantei novamente,
me abracei,
me aceitei
e ainda estou vivo.
Vibrando e agradecendo infinitamente,
por todas as experiências vivenciadas.