segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Neste sábado... Leia Mulheres Joinville

Mulheres no front: clube literário discute obra de Svetlana Aleksiévitch

“A guerra não tem rosto de mulher”, de Svetlana Aleksiévitch, jornalista bielorrussa ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura, é o livro proposto para debate no clube literário Leia Mulheres Joinville (SC) em outubro. O encontro do grupo – que tem como objetivo propor ações para inclusão da presença da mulher no mercado editorial, com a leitura e debate mensal sobre obras escritas por elas – acontece neste sábado, dia 27/10, às 15h, no Centro de Convivência da Udesc Joinville (Campus Universitário Prof. Avelino Marcante: R. Paulo Malschitzki, 200, Zona Industrial Norte). A mediação do debate é feita pela jornalista Marcela Güther. A entrada é gratuita.

Em parceria com o cineclube CCT da universidade, na sexta-feira, dia 26/10, um dia antes do encontro do Leia Mulheres de outubro, o clube de cinema da Udesc irá debater o filme russo biográfico “Batalha por Sevastopol” (2005), de Sergey Mokritskiy, que conta a história de Lyudmila Pavlichenko, uma jovem soviética que se juntou ao Exército Vermelho para combater a invasão nazista da URSS e se tornou uma dos atiradoras mais mortais da Segunda Guerra Mundial. O encontro será às 15h30, no auditório do bloco F da Udesc.

SOBRE O LIVRO

A história das guerras costuma ser contada sob o ponto de vista masculino: soldados e generais, algozes e libertadores. Trata-se, porém, de um equívoco e de uma injustiça. Se em muitos conflitos as mulheres ficaram na retaguarda, em outros estiveram na linha de frente.

É esse capítulo de bravura feminina que Svetlana Aleksiévitch reconstrói no livro “A guerra não tem rosto de mulher”, de forma absolutamente apaixonante e forte. Quase um milhão de mulheres lutaram no Exército Vermelho durante a Segunda Guerra Mundial, mas a sua história nunca foi contada. Svetlana Aleksiévitch deixa que as vozes dessas mulheres ressoem de forma angustiante e arrebatadora, em memórias que evocam frio, fome, violência sexual e a sombra onipresente da morte.

Svetlana é filha de pai bielorrusso e mãe ucraniana, e nasceu em Stanislav, atual Ivano-Frankivsk, na Ucrânia, em 1948. Jornalista e escritora, refinou ao longo de sua obra uma escrita única, desenvolvida a partir de observação da realidade e ostentando as melhores qualidades narrativas da tradição da literatura em língua russa. Foi a primeira jornalista a ganhar o Prêmio Nobel de Literatura, em 2015.