sábado, 8 de abril de 2017

O Grande Encontro - Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo - 20 anos

O Grande Encontro apresenta novidades em sua atual edição. Se o show original possuía um formato acústico, com versões que recriavam a mística do cancioneiro com intimismo e delicadeza, o novo espetáculo incorpora uma sonoridade elétrica e percussiva. Esbanja energia sem perder a ternura. No repertório, entre trios, duetos e momentos solos em cena, os clássicos que todo mundo quer ouvir: “Anunciação”, “Banho de Cheiro”, “Dia Branco”, “Tropicana”, “Moça Bonita”, “Caravana”, “Belle de Jour”, “Canção da Despedida”, “Coração Bobo”, “Táxi Lunar”, “Bicho de Sete Cabeças” e tantas mais. Dentre as surpresas, duas jóias vintage: "Papagaio do Futuro" (apresentada por Alceu, Geraldo e Jackson do Pandeiro no Festival Internacional da Canção de 72) e "Me Dá um Beijo", parceria de Alceu e Geraldo, do primeiro disco da dupla, recriada com Elba nos vocais. Zé Ramalho marca presença autoral através de “Chão de Giz” e “Frevo Mulher”, na voz de seus companheiros. 

O Grande Encontro surgiu impulsionado por estas coincidências misteriosas e santas que não podemos explicar mas que movem a caravana do destino quando as coisas precisam acontecer. Em 1995, Alceu, Geraldo e Zé Ramalho (além de Luiz Melodia) fizeram juntos um show beneficente no Teatro Guararapes, em Recife. Animado, Geraldo sugeriu a Zé que o trio idealizasse um espetáculo juntos. Como Alceu tinha outros planos, Geraldo e Zé começaram a excursionar em duo. Um ano depois, Alceu subiu ao palco em um show da dupla no Canecão. Elba, na plateia, emocionou-se ao ver o trio cantando “Táxi Lunar”. O produtor Paulo TA sugeriu: Por que não reunir os quatro no mesmo palco? Logo a ideia evoluiu para um ensaio geral na casa de Geraldo. Pensaram o repertório, conceituaram o espetáculo, definiram que o formato seria totalmente acústico. Munidos somente de seus violões, Geraldo, Alceu, Elba e Zé entraram juntos pela primeira vez em cena no ginásio Machadinho em Natal. Duas horas e vinte anos de estrada depois, a música brasileira jamais seria a mesma. O show seria assistido por mais de dois milhões de espectadores em todo o país. 

O espetáculo passou por São Paulo, Recife, Salvador, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Belo Horizonte, entre outras praças. No final de 1996, o álbum gravado ao vivo no Canecão (RJ) vendeu mais de um milhão de cópias e estabeleceu um marco para gravações de shows ao vivo no Brasil. O Grande Encontro rendeu mais dois CDs e um DVD, sem a presença de Alceu. Vinte anos depois, a magia se renova. O vento torna a sacudir cabeleiras vermelhas em raios de sol lilás.

Dia 28 de abril - Centreventos Cau Hansen