quinta-feira, 30 de abril de 2020

O ciclo da autossabotagem

Estou bem, e de repente fico doente, dai eu digo: "- acho que estou doente", então, eu adquiro consciência. Mas para curar-me devo compreender o que causou esta doença. Quero compreender, mas se eu compreender, eu sinto que vou sofrer pois terei que lembrar de algo que está escondido. Terei que achar a causa da doença, ou seja, os medos ou os eventos que realmente fazem com que eu esteja doente. Aí, eu me pergunto se eu quero mesmo me lembrar destas coisas? Pois sei que vou sofrer lembrando-me delas. Se eu respondo não! Então volto a ficar doente. E assim nos perdemos neste ciclo, neste condicionamento.

Simplesmente porque tenho medo daquilo que eu vou encontrar para me curar, pois acho que isto vai me trazer mais dor e sofrimento. Então, prefiro continuar doente. E este é o engano. Eu vou repetir meu comportamento até que eu esteja pronta para compreender, assimilar, integrar e sutilizar minhas sombras...

Enquanto isto, coloco a culpa nos outros, digo que são os seres humanos ou os seres extrafísicos que me impedem de ficar livre. De fato, isto acontece porque sou eu que quero que os outros me impeçam. Eu quero que eles façam resistência. Mas finalmente, do ponto de vista da não-separação, sou eu que não quero assumir minhas responsabilidades. Por isto, culpo os outros. Quero que eles sejam os responsáveis pelo que me acontece, me desresponsabilizando pelas minhas próprias escolhas.

Projeção Quântica - Fabio Kinas (contato 41 99511-3701)

Basta!

Por Fátima Hermes... Eu não me enquadro!

Só hoje caiu definitivamente a ficha, o porque não me enquadro nos padrões (normais rsrs) da sociedade.

Há quem diz que não sou normal.
Há quem diz que sou fora da casinha...
Desajustada...
Alienada...
Estou na lista negra. Por não seguir as regras.
Sinto muito.
Eu sou o que eu sou.
E, meu espírito e alma são livres.
Não gosto que me ditem o que devo ou quando fazer.
Regras não são comigo mesmo.
Não gosto de cumprir ordens, ah não ser do meu eu superior.
Compreendo que estando aqui neste corpo físico, vivenciando esta experiência na terceira dimensão, me deparo com algumas situações não muito agradáveis.
Mas quem não?

Bola pra frente.
Mas, me refiro que se eu estou trabalhando para sair da velha energia, matrix.
Não posso retroceder.

Somos livres. Livres. Livres...
É pra frente que se anda...
Seguir esta ou aquela doutrina, com os olhos vendados.
Não.
Sigo o meu coração e ele não gosta de prisão.

Estou aberta para tudo que acrescenta em minha vida, e que seja para que eu possa dar seguimento à minha missão de vida como filha da luz.
Fazendo o que seja bom tanto para mim, quanto para o meu semelhante.
Afinal, somos todos da mesma fonte .
Filhos do criador.
Minha missão de vida, amar a humanidade.
Como eu vou trabalhar é comigo, meu eu superior no comando e deus pai mãe junto sempre.
Somos todos irmãos.
Seguimos nossa jornada em amor, harmonia, luz e paz.
Por nossa ascenção e pela ascenção do planeta (Gaia).

Sobre suicídio... Alerta!

Agora, assim...

                                             

quarta-feira, 29 de abril de 2020

"Avó, o que posso fazer quando estou desesperada?”

Costura, minha menina. 
À mão, devagar. Aproveitando cada onda criada com seus próprios dedos.
Costurar afasta o desespero?
Não. Costurando, bordando você o decora. 
Olha para a cara dele. Enfrenta-o. 
Dá-lhe forma. Atravessa-o. E vai além.
Realmente é tão poderoso costurar à mão?
Claro, querida. As pessoas já não costuram e por isso estão desesperadas. 
As costureiras sabem que com agulha e linha você pode enfrentar 
qualquer situação escura conseguindo criar obras-primas maravilhosas. 
Enquanto você move suas mãos é como se você movesse sua alma de forma criativa. 
Se você se deixar transportar pelo ritmo repetitivo do remendo e do bordado, 
você entra em um verdadeiro estado meditativo. 
Você consegue chegar a outros mundos. 
E o emaranhado de fios emocionais dentro de você se suaviza. 
Sem fazer mais nada.
O que você aprende bordando?
A enfrentar cada ponto. Só isso. 
Sem pensar no próximo ponto. 
A gente se foca no ponto presente, em cada costura. 
É esse ponto que nos escapa na vida diária. 
Estamos desesperados porque sempre pensamos no futuro. 
E se pensamos assim o bordado se torna desarmônico, confuso, pouco curado.
Sim, mas vó... as preocupações e medos como vencer com a costura?
Minha menina. Você não precisa vencer. 
Precisa acolher os medos, as preocupações. 
E compreendê-los. 
Costurando se tece o enredo da vida com suas mãos, 
é você que cria o vestido adequado para si mesma. 
Bordando você se conecta àquele fio fino que pertence a toda a humanidade e aos seus mistérios. 
Costurando você se transforma em uma aranha que tece sua teia 
contando silenciosamente ao mundo todos os segredos da vida. 
Entrelaçando os fios, entrelace seus pensamentos, suas emoções. 
E você se conectará ao divino que está em você e que segura o início do fio.
Elena Bernabè

Seu caminho

Ter razão ou ser feliz?

"Agora não há mais tempo a perder pois o momento é a grande encruzilhada da vida. 
Se antes podíamos fazer escolhas e havia tempo para consertar os equívocos, 
isso não é mais possível a partir de agora.

As oportunidades para o aprendizado e a compreensão que a vida através das sucessivas encarnações proporcionou a cada ser humano.
Agora determina um posicionamento final. 
Não haverá nenhuma chance de alguém se enganar com tais escolhas.

O que vai determinar o caminho a seguir, será o magnetismo pessoal, ou seja, as vibrações de cada um, resultantes do conjunto ético, moral e espiritual que forma a bagagem adquirida desde a primeira encarnação no planeta Terra.

A Terra, como planeta predominantemente dual, ofereceu aos espíritos que aqui aportaram, a oportunidade de conhecer os dois lados de cada moeda. 
Mas é entre o ter e o ser que tudo vai se definir agora.

Por isso, você prefere ter razão ou ser feliz
A razão é baseada nas crenças limitantes. Também foi a construtora do ter. 
Já o ser feliz, é baseado na essência pura da alma que sabe a que veio. 
O ser é que mede a vibração que vai determinar quem herda a nova terra, e quem deve deixá-la.

Os tempos chegaram! 
Estamos nos arremates e nas decisões finais. 
A razão nos segura no "velho", pois as mentes viciadas se acham cheias de razão. 
A razão é formada pelas crenças, e essas, em sua maioria, são limitantes.
Como a velha maneira de fazer política, onde os mais espertos sempre se acharam donos do mundo.

Nada mais será como antes! 
A política em causa própria está morrendo, e com ela, os velhos caudilhos malcheirosos. 
Um a um, todos irão cair e sair de cena.
Assim será em todos os outros segmentos da sociedade humana. 
O futebol está descendo a ladeira da derrocada final. 
A mídia tendenciosa e interesseira, também agoniza chafurdada no próprio charco que se embrenhou.

Tudo aquilo que estava baseado na competição, controle, manipulação e domínio, agora cai como um dominó. 
Cada peça vai empurrando a outra e nada mais segura elas em pé. 
O velho jogo acabou! 
A terra finalmente se liberta e sobe uma oitava dimensional. 
Uma nova era começa, mas é exclusiva para os que sabem ser em detrimento do ter.

O ser qualifica o grau de vibração individual. 
Palavras, conquistas, conhecimento, títulos, cargos ou posições de comando, não garantem mais nada. 
Os tribunais que julgam os méritos, não são formados por humanos. 
São instrumentos que medem as vibrações de cada consciência, sem nenhum interesse paralelo. 
São as próprias leis naturais que regem os universos. 
Elas são infalíveis! 
Não há nada que possa comprometê-las.

No entanto, você é o único que pode interferir nos resultado.
Você pode determinar qual o veredito final cairá sobre ti. 
Olha o quanto poderoso você é! 
Tanto que tu mesmo serás o senhor do teu destino. 
Mas jamais poderás enganar esse tribunal, pois a consciência será sempre o teu juiz".

Charada: descubra o nome da quinta criança

Fique bem...

terça-feira, 28 de abril de 2020

Você sabia?

“Frederick Krueger foi um imigrante judeu-alemão, que enquanto vivo matou mais de 75 pessoas, todas crianças e adolescentes na cidade de Rockwell Iowa.

Convidando-os a um porão (onde ficava a caldeira da piscina pública na cidade em que Freddy trabalhava) sempre usava uma "garra" que ele próprio havia criado, com a qual picava suas vítimas, cozinhando em seguida os corpos retalhados no enorme caldeirão, até que nada mais restasse a não ser os ossos.

A cidade de Rockwell testemunhou o desaparecimento de muitas crianças, até que no verão de 1908, uma adolescente chamada Nancy fugiu das garras do assassino enquanto era atacada. Nancy conseguiu escapar ferida com um braço completamente rasgado, gritando por ajuda pelas ruas.

Freddy, que já era velho, não conseguiu alcançá-la. Diante de tal cenário, as autoridades foram imediatamente procurar o suposto autor. Ao chegar no local de ataque da jovem Nancy, encontraram o velho sentado num canto, com sua "garra" ensanguentada, dizendo: "Consegui. As 77 almas que eu tomei me farão viver eternamente".

O xerife do condado, pai de uma das vítimas, espancou e torturou Krueger queimando grande parte do corpo na mesma caldeira. A equipe de polícia afirmou em seu relatório que o velho havia resistido e eles tiveram que intervir com força bruta.

Após um julgamento contra Freddy, ele foi considerado culpado e doente de suas faculdades mentais. Foi hospitalizado em um sanatório psiquiátrico até outubro de 1910, onde morreu durante o sono.

Na semana após sua morte, 28 pessoas foram mortas, sendo 27 crianças e o xerife que o havia torturado. Todos os corpos estavam deitados em suas camas como se dormissem tranquilamente, se não fosse pelo fato de que todas possuíam um semblante de horror em seus rostos.

Até hoje, a cidade de Rockwell Iowa é uma cidade fantasma, porque se você passar uma noite lá, provavelmente não acordará para contar... 

A verdade é que toda essa história foi inventada, mas serve para incentivar a leitura e te livrar do tédio nessa quarentena... Pode voltar a respirar, ok?”

Destino

The Invitation, inspirado por Sonhador da Montanha Oriah, ancião índio americano

"Não me interessa saber o que você faz para ganhar a vida. 
Quero saber o que você deseja ardentemente, se ousa sonhar em atender aquilo pelo qual seu coração anseia. 
Não me interessa saber a sua idade. 
Quero saber se você arriscará a parecer um tolo por amor, por sonhos, pela aventura de estar vivo.
Não me interessa saber que planetas estão em quadratura com sua lua. 
Quero saber se tocou o âmago da sua dor, se as traições da vida o abriram ou se você se tornou murcho e fechado por medo de mais dor! 
Quero saber se pode suportar a dor, minha ou sua, sem precisar escondê-la, reprimi-la ou narcotizá-la. 
Quero saber se você pode aceitar alegria, minha ou sua; se pode dançar com abandono e deixar que o êxtase o domine até as pontas dos dedos das mãos e dos pés, sem nos dizer para termos cautela, sermos realistas, ou nos lembrarmos das limitações de sermos humanos.
Quero saber se consegue desapontar outra pessoa para ser autêntico consigo mesmo, se pode suportar a acusação de traição e não trair a sua alma.
Quero saber se você pode ver beleza mesmo que ela não seja bonita todos os dias, e se pode buscar a origem de sua vida na presença de Deus.
Quero saber se você pode viver com o fracasso, seu e meu, e ainda, à margem de um lago, gritar para a lua prateada: “Eu Posso!”
Não me interessa onde você mora ou quanto dinheiro tem. 
Quero saber se pode levantar-se após uma noite de sofrimento e desespero, cansado, ferido até os ossos, e fazer o que tem que ser feito pelos filhos.
Não me interessa saber quem você é e como veio parar aqui. 
Quero saber se você ficará comigo no centro do incêndio e não se acovardará.
Não me interessa saber onde, o quê, ou com quem você estudou. 
Quero saber o que o sustenta a partir de dentro, quando tudo mais desmorona. 
Quero saber se consegue ficar sozinho consigo mesmo e se, realmente, gosta da companhia que tem nos momentos vazios."

Conta salário

Imediatismo

segunda-feira, 27 de abril de 2020

"Avó, como posso ultrapassar esta quarentena?"

"Minha filha, a quarentena é um período especial, misterioso e sagrado. Nos meus dias, os recém-nascidos só podiam sair de casa pela primeira vez após o 40º dia de vida. É um período de espera e preparação para uma nova vida. É o período que produz uma grande mudança ".

E como nos podemos preparar para essa mudança?

"Com ações simples, genuínas e amorosas. Todas as manhãs penteia os teus cabelos longos com dedicação e liberta todos os nós, mesmo os mais ocultos que sempre negligenciaste. É hora de colocar todos os nós no pente. Depois, dedica-te a desembaraçar até os teus queridos novelos. Com paciência, tentarás encontrar o fim do novelo, o ponto de partida exato do fio. Já com essas ações simples, mas poderosas, criarás ordem fora e dentro de ti. Desfazendo nós físicos com as tuas mãos, vai-te permitir começar a tocar nos teus nós internos".

E depois de desfazer os nós, o que posso fazer, avó?

Remove todas as partes que já não são férteis. Em muitos ritos funerários dos povos antigos, acredita-se que o falecido deixa o corpo inteiramente no 40º dia após a sua morte. Nesses 40 dias, minha filha, corta os cabelos, elimina as roupas que já não usas há muito tempo ou que não desejas usar mais, abre bem as janelas da tua casa para deixar sair o ar viciado, cultiva novos pensamentos abandonando o antigo, dedica-te a criar novos hábitos, novos costumes, novas tradições ".

Avó, temo que após este isolamento nada mude. O homem esquece rapidamente...

"Como os outros reagirão a esta quarentena não é da tua conta. Assume o compromisso de mudar e não te esqueças. Certifica-te de que esta tempestade te abane tanto que revolucione completamente a tua vida."

Elena Bernabé, Culturas de Povos Indígenas. Abril, 2020

Seja feliz

Escolhas (O Eremita)

Parei de insistir
onde não havia o que estava procurando.
Parei de esperar em cadeiras ocupadas.
Parei de colocar minhas expectativas em pessoas ocupadas demais.
Parei de fingir que o outro entendia.
Parei de colocar meus olhos e esperança em corações que não queriam bater ao meu lado.

E então... a magia aconteceu...
Voltei para mim,
como o único destino possível.
Voltei para mim, como a única maneira disponível e inevitável.
Voltei para mim, como a única reunião pendente.
Voltei para mim e pude ver as feridas, as cicatrizes,
as dores e a minha alma destroçada,
clamando por paz.

E eu me aceitei.
Eu me acolhi.
Eu me perdoei.
Me respeitei.
Eu me nomeei com minha própria voz.
E eu me encontrei diferente.
Me conectei com a minha própria essência.

E então... a magia aconteceu... 
Eu enxerguei que eu possuía as chaves das portas que quero abrir.
Aqui dentro.
Lá fora, existem apenas ilusões.
Mas, eu decido onde e como isso depende de mim.

Eu decido para onde...
Eu escolho como...
Eu escolho com quem...
Eu decido o que eu quero...
Eu decido o que mereço...
e o que não!

E a magia aconteceu para mim,
porque ela nunca partiu,
porque ela sempre viveu em mim,
mas ela não me permitiu vê-la,
por rejeita-lá.

E então desci às minhas sombras
e me levantei novamente,
me abracei,
me aceitei
e ainda estou vivo.
Vibrando e agradecendo infinitamente,
por todas as experiências vivenciadas.

Teste

Semente

domingo, 26 de abril de 2020

Lembranças do vento - Hilton Görresen

Dizem que uma pessoa não se banha duas vezes nas mesmas águas de um rio. A mudança é constante. A escola de minha cidade não é o mesmo colégio Stela Matutina, em que outrora voejavam os hábitos negros das freiras, santas freiras que educaram tantas gerações de moleques. Os modernos cinemas de shoppings não são o velho e gostoso Cine Marajá, no qual assistíamos os lançamentos de Hollywood com uns três anos de atraso.
A única coisa que para mim permanece constante é o vento. Estranho, não? Por que o vento? Porque o vento me provoca sensações associadas a momentos de bem-estar. Traz do passado momentos de intensa liberdade. 
Quando menino, adorava correr contra o refrescante vento de outono, sentindo-o no rosto e nos braços. A exemplo do personagem de Titanic – e sem o saber – podia sentir-me o dono do mundo. Sempre que venta agradavelmente, vento de bom tempo, sinto perpassar essa sensação de liberdade. Com minha ignorância meteorológica, não sei precisar se esse vento vem do sul, do norte ou nordeste. Basta que me enfune o rosto e o peito, como velas soltas.
É uma forma de captar a realidade, sentir a vida no corpo. Constatar que a velha natureza é uma fonte de prazer, dos poucos que nos são consentidos hoje gratuitamente. Sim, por mais que eu tenha mudado, o vento permanece o mesmo de minha infância.
Talvez eu não seja o único. Vejam o Caetano Veloso: “caminhando contra o vento, sem lenço, sem documento” ...e aquela outra música: ...” depois andar de encontro ao vento...”. É como romper barreiras, vencer distâncias, seja no volante de um carro, de uma lancha, seja numa caminhada firme. 
Além disso, é poético formar frases com a figura do vento: “...E o vento levou”. “O tempo e o vento”. “O vento será tua herança” (foi a minha herança também, e, pelo jeito, vai ser a dos meus filhos). 
Hoje, nessa situação de isolamento, não é fácil estar enclausurado em casa enquanto lá fora, num dia azul e verde, a brisa balança suave os ramos das árvores.

Creia

Instituto TeApoio em "birra infantil"

Qualquer coisa pode ser motivo para uma criança pequena ter uma crise emocional. 
Q-u-a-l-q-u-e-r coisa!!

Não tem a ver com você não conhecer bem o seu filho ou não conseguir controlá-lo, como as pessoas costumam dizer que você precisa fazer. O que acontece é que lidar com frustrações para um cérebro ainda em formação é algo muito pesado. E, pensa só: a criança precisa lidar com vários momentos de frustração durante o dia...

Ela queria ficar em casa, mas tem pediatra. Queria colocar a blusinha sem manga, mas está frio. Queria experimentar o picolé colorido, mas não pode. Queria ficar um pouco mais no parque, mas tem que ir embora. E por aí vai. É muita frustração para processar. Até que uma hora, o cérebro não dá mais conta. E uma coisa aparentemente boba vira o gatilho para aquela choradeira sem fim. 

Fazer o quê? Ensinar que não pode chorar o mais alto que pode e nem se jogar no chão no momento em que a criança está chorando o mais alto que pode e se jogando no chão? Parece para você eficaz essa solução? Não é. Passam a ser duas pessoas gritando. Entenda o momento e acolha como fizer sentido e for possível para você e para a criança. Deixe as pessoas que não entendem não entenderem. Não podemos ter a expectativa de fazer os outros verem tudo como nós, senão seremos nós a chorarmos alto e nos jogarmos no chão, tamanha frustração que sentiremos.

E eu sei que você vai me perguntar: “mas depois converso com a criança?”. Conversa, claro. Isso vai fazer bem para você. Mas a conversa não vai ensinar um cérebro ainda não formado a agir como você espera. Não perca isso de vista. O importante mesmo é você focar a sua atenção em lidar com a emoção da criança e não em no que fazer a qualquer custo para ela se calar. É bem nesse momento que pais costumam deixar de dizer “nãos” que precisam ser ditos, por exemplo. Se precisar dizer, diga. Vai causar frustração. A criança vai lidar com isso. Você vai lidar com a emoção da criança e ajudá-la a passar pela experiência. E depois a vida seguirá seu fluxo normal.

"Muito muito pouco"

Fernando Pessoa

sábado, 25 de abril de 2020

Por Adriana Giampietro...

Eu nasci poucos anos depois do fim da última grande guerra, e desde pequena ouço falar que a Terceira Guerra Mundial provavelmente iria dizimar grande parte da raça humana.

Acho que chegamos nela e nem nos demos conta disso. A diferença é que eu, na minha inocência, acreditava que seria uma briga de algum país rico, contra outro país rico, em busca de alguma riqueza maior ainda. Que esses países inventariam bombas terríveis e com toda força bélica iriam demonstrar quem era o mais forte... Errei... Errei feio... Descobri que o país mais forte na terceira guerra mundial, não é o que tem mais armas de fogo. Não é o que investiu em força bélica, ou armamento nuclear. O país que vai ganhar a guerra é aquele que soube investir na ciência, na saúde e em sua infraestrutura hospitalar, porque o inimigo não morre com um tiro, ele é invisível.

Mas, em uma coisa eu estava certa... Muitos vão morrer.

Essa guerra está aí para inverter valores. Veja: o petróleo, sem consumo, não vale nada, não é mais ouro negro como sempre disseram... O ouro hoje é em gel, e transparente... E só serve pra desinfetar. shoppings fechados, lojas desertas. Pra que comprar, se ninguém vai ver a bota nova comprada na loja cara logo no lançamento da coleção outono-inverno?

Carros caros que não saem das garagens. Viagens desmarcadas. A Disney perdeu o encanto e o Donald, dessa vez o Trump, pede para que os americanos fiquem em casa. Em todas as línguas a palavra mais falada é essa mesmo "casa"... Que ganha um novo significado, além de morada vira "abrigo".

A muralha da China não impediu que o vírus se espalhasse. Deixamos todo o trabalho em cima das mesas e de um dia para o outro, tudo parou... Tenho a sensação de que não me despedi de ninguém... Fico imaginando que eu não posso perder ninguém, nem ir embora desse mundo sem me despedir. Será que abracei o suficiente? Será que disse a todos o quanto eu os amo... Não sei... Essa guerra me deixou sem chão, verdades tão óbvias apareceram e quebraram paradigmas.

Precisou que o mundo parasse e o vírus ameaçasse nossa sobrevivência para que os pais percebessem que educação se faz em casa. E que escolas são centros de socialização. Que ensinar não é fácil e que professores são muito mais heróis do que aqueles que o cinema mostra. Que os mitos estão nos hospitais, de máscaras e sem condições de trabalho e não no planalto onde a idiotização das pessoas toma forma humana e sem escrúpulos.

Se você aprendeu com a sabedoria dos mais velhos, sorte a sua, o mundo depois dessa tsumani será mais jovem, com menos rugas e menos sábio... Ou talvez a sabedoria apareça nesse tempo, desde que ele sirva para entendermos que viagens foram canceladas porque a grande viagem que deve ser feita é pra dentro de nós mesmos. Para que você entenda que o importante não são os custos, mas os valores.

Que essa guerra sirva pra que você reveja seus conceitos, entenda que rico é o trabalhador, sem ele não existe riqueza. Que sem o homem a natureza é mais feliz e o céu mais azul. Que amigos usam a tecnologia pra se fazer perto, e que não existe distância para aqueles que se amam. Que vencer uma guerra no sofá é uma benção, e está em suas mãos. Sua casa é sua trincheira e na terceira guerra mundial a granada mais perigosa é água e sabão.

E quando passar, olhe pra essa quarentena e veja que ela foi apenas o tempo de incubação, que você precisou para renascer.

Escolha

Mario de Andrade em O valioso tempo dos maduros

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui para a frente do que já vivi até agora.
Tenho muito mais passado do que futuro.
Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.
As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis 
sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário-geral do coral.
As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, 
não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,
O essencial faz a vida valer a pena.
E para mim, basta o essencial!

Arnaldo Antunes

Coisas da vida

sexta-feira, 24 de abril de 2020

"Os curadores feridos"


Na mitologia grega existe a história de Quíron, um centauro (criatura com corpo de cavalo e tórax e cabeça de homem). Que era superior aos demais centauros. Enquanto os seus irmãos eram beberrões, indisciplinados e propensos à violência. Quíron era inteligente, civilizado e bondoso. Além de célebre por seu conhecimento e habilidade com a medicina.

Ele fora acidentalmente ferido com uma flecha envenenada lançada por Hércules. Por ser imortal, ele não faleceu por causa desse ferimento, todavia, essa ferida era incurável. E se tornou um sofrimento crônico. 

Tal situação de desconforto fez com que Quíron, a partir da sua própria dor pessoal, pudesse entender a dimensão do sofrimento daqueles que curava. Isso o transformou em um exímio curador e o fez ser considerado o Pai das Terapias Curativas, sendo chamado de "Curador Ferido".

Carl Jung se apropriou dessa imagem para dizer que um terapeuta pode ajudar na cura de pessoas, por ele mesmo ser um doente. Mais tarde um padre chamado Henry Nouwen escreveu um livro com esse título, falando da maneira tão mística que homens e mulheres marcados por suas dores são capazes de ajudar pessoas e suas feridas no processo da cura.

Como terapeutas precisamos encarar nossas dores e limitações, e isso nos fará olhar para o outro com empatia, compaixão, misericórdia e amor incondicional. Não somos blindados ao sofrimento, mas podemos usar das nossas próprias dores existenciais para agir com reverência diante da dor do nosso próximo.

Tempo

                                                       

Bençãos

Eii...
Você já parou para reparar no quanto é momentâneo um nascer-do-sol? 
Você olha, aprecia, admira e já se foi, só no outro dia.

Assim são algumas das chances na sua vida: 
Rápidas, surpreendentes e passageiras. 
Piscou? Perdeu. Cochilou? Já era. 
Não levantou cedo? 
Só no outro dia.
Apegue-se às oportunidades que surgirem, às vontades de mudar. 
Jamais deixe nada passar. 
Se acaso não der certo ao menos você arriscou. 
Se acaso não atingir a sua meta, ao menos tentou.

Você sabe que a vida é rápida, mas quando você aceita
 não arriscar, assume a condição de nunca ter.

Querer não é poder, tem que pensar, agir e fazer, porque a vida 
é esse montão de nascer-do-sol que a gente nunca vê. 
A vida é como tentar pegar fumaça. 
Pode ser divertida e também pode ser sem graça. 
É um ciclo, é aquela história sem fim, um filme que passa.
Mas, que você precisa muito acreditar que toda vez terá um final feliz.

Aprenda a aproveitar a vida...
Viver é assim:
Se nem tudo é descida, nem tudo é subida também. 
A vida deve ser essa balança. Equilíbrio.

Aprecie suas bençãos de cada dia!

"Socorro"

Cura

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Lindo texto...

Algumas pessoas estão dizendo que o texto apresentado foi escrito em 1869 pela escritora Kathleen O’Meara (1839-1888). Outras dizem que a real autora é Catherine M. O’Meara, uma advogada criminalista que vive nos Estados Unidos, e que o texto foi publicado em março de 2020...

Dica de saúde (banheiro)

"A Sala das Chaves Antigas" - Elena Mikhalkova

Minha avó uma vez me deu uma dica:
Em tempos difíceis, você avança em pequenos passos.
Faça o que você tem que fazer, mas pouco a pouco.
Não pense no futuro, nem no que pode acontecer amanhã. 
Lave os pratos.
Retire o pó.
Escreva uma carta.
Faça uma sopa.
Você vê?
Você está avançando passo a passo.
Dê um passo e pare.
Descanse um pouco.
Elogie-se.
Dê outro passo.
Depois outro.
Você não notará, mas seus passos crescerão cada vez mais.
E chegará o tempo em que você poderá pensar no futuro sem chorar.

Cedilha

Responsabilidade

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Julgamentos por Instituto TeApoio

É por isso que coloco tanta energia para que as pessoas que pensam como eu saibam que não estão sozinhas.

Nós, a geração que vai mudar a forma como crianças são educadas, não estamos sozinhos. E precisamos saber disso.

A maior queixa que escuto de mães e pais que escolhem educar os filhos com uma criação consciente é que lidar com os palpites e julgamentos é um grande desafio.

Machuca ouvir da sogra que a criança vai crescer mimada. 
Machuca saber que o marido acha que uma palmada seria mais eficaz. 
Machuca os olhares das pessoas quando você está apenas acolhendo o choro da sua criança.

Muitas vezes dá a sensação de solidão. E a insegurança bate: “Será que estou fazendo tudo errado?”. Não está. 
Você está fazendo de modo diferente e vivemos numa sociedade bastante avessa à mudanças, especialmente quando elas interferem em estruturas de poder.

Há pesquisas, livros, curso e profissionais especializados que defendem o que você acredita: que é possível educar crianças sem violência. Você não está sozinha!

Como tem sido lidar com os palpites e julgamentos por aí?

Dica

Clarice Lispector

"Renda-se, como eu me rendi.
Mergulhe no que você não
conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender,
viver ultrapassa qualquer entendimento"

Resiliência

terça-feira, 21 de abril de 2020

Sobre a vida

"O homem com o chapéu ridículo" de Hilton Gorresen

Quando ele ia saindo, a mulher o interpelou:
– Não me diga que você vai sair pra rua com este chapéu ridículo!
A mulher era daquelas que se incomodava com o que os outros iriam dizer, e falou: o que os outros não vão dizer?
– Tô me lixando para os outros. Quem sabe da minha vida sou eu. 
E continuou despejando tudo aquilo que se fala sobre a independência de comportamento. No fundo, ele sabia que era um frustrado. Tinha um empreguinho em pequena empresa e vivia sendo humilhado pelo chefe, com perspectiva de ser despedido; estava inadimplente no banco, a saúde não andava lá essas coisas... Sua teimosia, muitas vezes ridícula, era uma espécie de protesto. Não podia mudar a realidade que o cercava, mas podia mostrar que não se curvava à opinião alheia.
Quando saiu à rua, caminhando, uma criança, no outro lado, puxou pelo vestido da mãe e falou: 
– Mãe, olha lá um homem com o chapéu gozado!
Esperava que criticassem sua teimosia, para ter o prazer de não abrir mão dela; quanto mais o condenavam, mais implicante se tornava. 
Fazia questão que os outros o olhassem e comentassem, chegava a babar de uma falsa satisfação. Essa revolta surda, particular, era tudo o que possuía. Jogava suas frustrações para baixo do tapete, incapaz de enfrentá-las, remando contra a maré da “normalidade”, assim como alguns funcionários compensam sua mediocridade complicando a vida dos usuários.
Se era normal ser um fanático por clubes esportivos ou por partidos políticos – em que o chefe era como um rei, tudo o que falava transformava-se em verdade inconteste – então ele estava fora. Não era também como esses bobocas que ficam transtornados diante de um artista ou de um jogador famoso, gritando e tendo chiliques. Moda, para ele, era uma besteira transitória; depois de algum tempo tudo que fora moda tornava-se ridículo, como os espartilhos femininos ou a calça boca de sino. Como se vê, um “sem noção”.
Dois adolescentes passaram de bicicleta e deram gargalhadas, apontando para ele. Mandou-os para aquele lugar. O que faria se todos o ignorassem? Sua revolta íntima seria um desperdício.
Assim caminhava, mostrando ao mundo sua independência, sua aversão a modas e costumes. Alguns diriam que era um maníaco.
Nesse dia, quem passasse por determinada rua da cidade teria ouvido um estrondo repentino num cruzamento, gente correndo, vidros espalhados pelo chão. E se perguntasse a alguém sobre o acontecido, teria ouvido como resposta:
– Atropelarem um homem com um chapéu ridículo.

Omissão de socorro

A omissão de socorro pode dar ainda até 1 ano de detenção. 
Se a vítima do acidente sofrer lesão corporal ou morrer, a pena poderá ser ainda maior. 
Preste socorro: é um dever de todos nós!

Respeito

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Tempo

"És um senhor tão bonito... 
Tempo, tempo, tempo, tempo... 
Vou te fazer um pedido!
Compositor de destinos...
Tempo, tempo, tempo, tempo... 
Entro num acordo contigo"

Mudanças

"Quase acabamos um com outro" de David Gonçalves

– Você ainda me ama?
A pergunta o sobressaltou, como se uma pedra tivesse atingido a testa em cheio.
O que dizer? Balançou as mãos, desconexas, desamparadas. Carregara por aquela mulher um caminhão de pedras. Amara-a, sim. Destemidamente. Afoitamente. Agora...
Parou, escutando, durante longos segundos, bater o coração. Deu alguns passos no quarto semiescuro, escancarou a janela, empurrou a persiana, e a luz quase o cegou.
Amara-a perdidamente. Conheceram a felicidade. Até que... Maldito vício, maldita droga. Começara com cerveja, cigarros, uísque, maconha, depois cocaína, crack...
– Você é culpado por tudo isso.
Talvez fosse. Abandonara-a e levara os dois filhos, que não podiam crescer no meio do lamaçal.
– Por que eles não vêm me ver? 
Um estava nos Estados Unidos. Outro, no México.
– Esqueceu que eles estão fora do país?
Havia esquecido.
Prosa afiada. Discussões. Ameaças. Unhas e garras. Vamos respeitar, pelo menos, as crianças, ele disse. Que se danem, nem sei por que os pari. Aquilo foi a gota d’água. Deixou a casa. Sei me virar sozinha, você não passa de um estorvo, ela gritou aos berros. Todo mês, depositava-lhe boa soma de dinheiro, que era consumida em pó branco. Ela buscava o clímax sobre clímax. 
Cada qual deve cavar o poço que deseja, até ser soterrado pela própria terra.
– Quase acabamos um com outro – ouviu-a dizer.
Está deitada na cama. Uma camisola amarela que parece puxada de seus ombros e enroscada no antebraço, as pernas abertas, com varizes, os braços jogados para o lado. O quarto está repleto de ecos, gritos, súplicas, promessas brutais.
A droga é um corredor rápido para o matadouro, ele pensa. Podia ter sido diferente? Amara-a tanto. Até que o veneno os separou. Viagem sem volta.
– Feche essa maldita janela – ordenou. – Essa luz me ofusca, minha cabeça vai estourar!
A lâmpada sobre a mesa da cabeceira iluminava o perfil decadente, envolvendo-o num brilho impiedoso. Faces encovadas. As linhas em volta da boca, a pele empapuçada e descorada sob os olhos. Fazia dois anos que não a via. Em dois anos a cocaína e a bebida a fizeram mais velha vinte anos. Mudaram não só o corpo, mas o caráter, transformaram-na numa pessoa desconhecida. A beleza se transformara numa figura reduzida à indiferença de uma idiota. Fala desconexa, esquecia tudo, não se comprometia com coisa alguma. Magoava quem fosse com grosseria. O nariz parecia a duas grutas vermelhas, quase em sangue. Os cabelos, tão bem cuidados antes, estavam gordurosos e despenteados, lambuzados de vários tons de tinta, aplicada de qualquer jeito. Havia lixo jogado pelo assoalho e uma ponta de cigarro havia queimado o edredom e chamuscado o lençol encardido. Os travesseiros – sujos de batom e suor, deixavam à mostra manchas pardas de café. As veias dos braços salpicadas de manchas roxas das agulhadas.
O que fora – uma moça cheia de vida e sonhos, lépida. O que se apresentava – pó e sombra. Em dois anos a droga a fizera mais velha vinte anos.
– Você precisa de cuidados médicos. Não pode ficar sozinha. Isso parece um chiqueiro. Vamos, levante-se, tome banho. Vou levá-la.
Com um movimento súbito, voz trêmula de raiva, ela começou a gritar: Assassino! Monstro! Animal! Como todo mundo, você quer me destruir. Não vou pra lugar algum. Se você não tivesse roubado meus filhos, eu não estaria doente. Fez o que fez com o fim exclusivo de me fazer mal. Você é um sádico. Não vou a lugar algum.
As lágrimas saltaram dos olhos. A tinta preta das pestanas se dissolveu e escorreu em longos fios fuliginosos na pele pálida.
Era triste, doído, mas tinha que ter coragem. Resoluto, foi à porta e pediu que os dois enfermeiros fortes, que esperavam há tempo, entrassem. Houve protestos, xingamentos, um berreiro enorme. Foi amarrada, carregada como fardo vivo e despejada na ambulância. Na frente da casa, vizinhos e curiosos espiavam.
– Não houve nada. Voltem pra suas casas – ordenou.
O sol caía alaranjado sobre as ruas e as casas. Ouvia-a dizer: quase acabamos um com outro. 
Que rumos estranhos, a vida...

Celular

Maduros

domingo, 19 de abril de 2020

Mensagem da Deusa Isis por Janete Sanchez*


Quando você deixa de sentir carência, 
todas as coisas se voltam para você.

Quando deixa de brigar com o mundo, 
todos se aproximam para lhe falar de amor.

Quando você aceita, você transforma.

Quando você se atreve a tentar algo novo, 
somem os condicionalismos e o mundo lhe surpreende.

Quando você se torna maleável como a água, 
torna-se uno com todos os poros da terra.

Quando você começa a olhar para você, desaparece o mundo.

Quando você deixa ir o que não é para você, 
esse vazio atrai o que verdadeiramente lhe pertence.

Quando você se perde, você se encontra.

Quando você decide, essa determinação encontra quem você é, 
e lhe sussurra o que você quer.

Quando você desiste da guerra, você ganha a batalha.

Quando aquieta a sua mente, todo um universo se põe aos seus pés.

Quando você não se apressa, tudo se aproxima de você.

Quando você deixa de querer controlar, 
o mundo se acomoda a você.

Quando você escolhe não reagir, muda o resultado.

Quando você aceita as mudanças e a incertezas, 
você deixa de sofrer.

Quando você se torna humilde, o mundo lhe pertence.

Quando você encontra a si mesmo, a busca termina.

Quando você abraça a sua dor, você se torna amiga de si.

Quando você se torna consciente, aparece a Deusa.

*Formatação do texto para o português: Vilma Capuano