Se de fato não existe o espaço-tempo para nossa consciência, podemos concluir que a memória faz parte da ilusão da matriz. Assim toda forma de recordar o que vivemos ou o que fizemos é um engano de interpretação das experiências. Toda memória participa de uma certa forma reforçando a ilusão para que não nos detenhamos ao presente contínuo. Pois quando estamos conscientes, estamos num presente eterno, portanto as experiências são instantâneas e não ficam presas à uma resposta nem ao julgamento do tempo. O tempo toma o lugar da separação, a memória tenta unir o antes e o agora e ainda o agora e o amanhã, assim a mente permanece presa a ilusão.
Recordar é trazer para o presente a mesma frequência vivida, experimentada, portanto, isto significa atualizar. Mesmo que isto ocorra se atualizando dentro do virtual, a matriz holográfica. Trazer do futuro ou atualizar uma memória do futuro ocorre de maneira similar a atualizar a memória do passado. Atualizamos as frequências tanto do futuro quanto do passado aqui na matriz, e isto é exatamente a ilusão. Simplesmente porque de fato não existe estes tempos, assim a memória é somente uma ferramenta para manter o tempo como o juiz da ilusão. Regulando, limitando e estipulando regras com esta ferramenta, o tempo torna-se a primeira camada de controle da ilusão da matriz terrestre. Controlar o tempo seria uma segunda camada de ilusão, ou seja, querer que o mental seja o mestre do tempo. Isto significa controlar o tempo para poder controlar as experiências e os ciclos de vida. Se animais e plantas “se deixam” controlar pelos humanos, numa camada acima os humanos “se deixam” controlar pelos seres extra-físicos. Assim, a consciência continua sendo pilotada pela matriz do sistema solar, onde o mental forma a própria matriz do universo holográfico. A matriz se forma pela hierarquia, onde o papel de cada um é ser controlador-controlado. Tanto os controladores do tempo quanto os controlados pelo tempo, fazem o papel de mantenedores da matriz.
Sair da ilusão da memória implica ir além de conceitos da matriz terrestre. A idéia de paz, inclui a contraparte da não-paz; a idéia de luz, inclui a não-luz; e finalmente o amor traz à tona o não-amor. Por isso que mesmo fora da camada da ilusão da memória e do tempo na matriz terrestre, ficamos ainda presos a matriz do universo holográfico através de programas e conceitos ilusórios como: luz, paz e amor. Quando dissolvemos por completo a dualidade e a separação, nos desprendemos do controle da ilusão, então, podemos acessar a plenitude. Deixamos os códigos da matriz, abandonamos a geometria sagrada, a arquitetura quântica, a constituição genética pelo DNA, as crenças e dogmas científicos e religiosos. Desta forma dissolvemos completamente os dualismos, sagrado X profano, matéria X energia, finito X infinito, possível X impossível, perfeito X imperfeito. Eis a plenitude, a substância do estar completamente consciente.