Caiu de bicicleta e logo ouviu de um adulto: "Não foi nada!".
Foi humilhada por outra criança na escola e ouviu de um adulto: "Foi uma brincadeira! Não precisa se chatear!"
Teve uma crise de choro e ouviu de um adulto: "Engole o choro. Não quero mais ouvir você chorar".
Sentiu dor ao tomar uma injeção e ouviu de um adulto: "Nem doeu! Foi só uma picadinha!"
Ficou com vergonha ao conhecer novas pessoas e ouviu de um adulto: "Só você está com vergonha, parece um bobão!".
E ainda há quem diga que ser criança é fácil! Não é.
Não quando estamos imersos numa educação e numa cultura tão violentas que nos faz acreditar que para cuidarmos dos sentimentos e das dores das crianças a melhor opção é ignorá-los e dizer que não foi nada.
Mas foi alguma coisa. Algo aconteceu e está doendo, incomodando, trazendo sentimentos conflitantes.
Como é que você fica quando está sentindo algo e alguém diz que é exagero ou que não é bem aquilo não, é outra coisa? Imagino que nada bem.
Então, vale lembrar que as crianças passam pelos mesmos processos internos que nós – guardadas as devidas proporções – e têm necessidades muito próximas das nossas.
Elas querem ser ouvidas, vistas, consoladas, cuidadas, protegidas, especialmente quando estão experimentando uma dor ou lidando com sentimentos conflitantes.
Mas foi alguma coisa. Algo aconteceu e está doendo, incomodando, trazendo sentimentos conflitantes.
Como é que você fica quando está sentindo algo e alguém diz que é exagero ou que não é bem aquilo não, é outra coisa? Imagino que nada bem.
Então, vale lembrar que as crianças passam pelos mesmos processos internos que nós – guardadas as devidas proporções – e têm necessidades muito próximas das nossas.
Elas querem ser ouvidas, vistas, consoladas, cuidadas, protegidas, especialmente quando estão experimentando uma dor ou lidando com sentimentos conflitantes.
Não crescemos em uma sociedade que valoriza a educação emocional.
Não aprendemos a identificar e lidar com nossas necessidades e emoções.
Boa parte do que nos foi passado de geração em geração diz respeito a reprimir emoções para evitar punições e para se adequar socialmente (não ser uma pessoa chata, não incomodar os outros com as suas questões, etc.).
Seja na vida pessoal, nos livros, filmes, séries e novelas, as referências não costumam nos ajudar. Os julgamentos das pessoas ao redor também não facilitam.
Mas chega uma hora que a gente percebe que precisa sentir o que há para sentir. Falar o que há para falar. Transbordar o que está retido.
É libertador. E salutar, acredite.
Boa parte do que nos foi passado de geração em geração diz respeito a reprimir emoções para evitar punições e para se adequar socialmente (não ser uma pessoa chata, não incomodar os outros com as suas questões, etc.).
Seja na vida pessoal, nos livros, filmes, séries e novelas, as referências não costumam nos ajudar. Os julgamentos das pessoas ao redor também não facilitam.
Mas chega uma hora que a gente percebe que precisa sentir o que há para sentir. Falar o que há para falar. Transbordar o que está retido.
É libertador. E salutar, acredite.