Eu costumava andar, bem mais de mil léguas
Prá poder buscar, flores-de-maio azuis
E os seus cabelos enfeitar...
Água da fonte, cansei de beber, prá não envelhecer
Como quisesse, roubar da manhã, um lindo pôr-de-sol
Hoje não colho mais, as flores-de-maio
Nem sou mais veloz, como os heróis...
É! Talvez eu seja, simplesmente, como um sapato velho
Mas ainda sirvo, se você quiser
Basta você me calçar, que eu aqueço o frio, dos seus pés..."