terça-feira, 2 de junho de 2020

O agora é o único tempo que existe, e cada instante é para nos doarmos!

A vida nos demonstra que temos muito a aprender com as crianças. Elas ainda não se adaptaram ao conceito de tempo linear, com um passado, um presente e um futuro. Elas se relacionam apenas com o presente imediato, com o agora. Parece que elas não vêem o mundo fragmentado. Sentem que estão ligadas a tudo o que existe no mundo, como parte de um todo. Elas parecem representar a verdadeira sabedoria e o verdadeiro perdão.

À medida que envelhecemos, tendemos a aceitar os valores adultos que enfatizam a projeção do aprendizado passado, no presente e no futuro. A maioria de nós não tem qualquer dúvida sobre a validade dos conceitos de passado-presente-futuro. Acreditamos que o passado vai continuar se repetindo no presente e no futuro, sem possibilidade de mudança. Por causa disso, vemo-nos vivendo em um mundo cheio de medo onde, mais cedo ou mais tarde, haverá sofrimento, frustração, conflito, depressão e doença.

Quando mantemos vivas as nossas experiências de culpa e ressentimento trazidas do passado, a elas nos apegando e nelas investindo, somos tentados a prever um futuro semelhante. Então, o futuro e o passado tornam-se um só. Sentimo-nos vulneráveis quando acreditamos que o passado cheio de medo é real e esquecemos que a nossa única realidade é o amor, e que o amor existe neste instante. Sentindo-nos vulneráveis, esperamos que o passado venha a se repetir. Assim, vemos o que esperamos ver, e o que esperamos ver, nós atraímos e procuramos. Desse modo, culpas e medos do passado se reciclam continuamente.

Uma forma de nos livrarmos desse nosso “lixo arqueológico” consiste em reconhecermos que o apego a ele não nos dá o que queremos. Quando percebemos que não vale a pena reciclá-lo e o abandonamos, eliminamos os bloqueios que nos impedem de ser livres para perdoar e amar plenamente, agora. Somente ao assumir essa postura podemos ser verdadeiramente felizes. 

A percepção de que o agora é o único tempo que existe tem o condão de transformá-lo na eternidade. O futuro torna-se mera extensão de um presente cheio de paz que nunca termina. Minha preocupação com o passado e sua projeção no futuro frustra meu objetivo de paz no presente. O passado acabou e o futuro ainda está por vir. Não é possível encontrar a paz no passado, nem no futuro. Somente neste instante. Estou determinado a viver hoje sem fantasias, tanto sobre o passado, quanto sobre o futuro. Vou me lembrar de que este instante é o único tempo que existe.

Cura das Atitudes - Princípio 5 - Gerald Jampolsky - Inspirado em Um Curso em Milagres