segunda-feira, 9 de março de 2020

Joinville "169 anos"

Sou do tempo que a Rua das Palmeiras, era uma rua de calçamento
Sou do tempo que a Prefeitura era na Rua Max Colin
Sou do tempo que o ônibus da Gidion era verde e amarelo (depois marrom e branco), a Transtusa azul e branco
Sou do tempo da HM (Hermes Macedo), Prosdócimo, A Barateira, Zanella, Arapuã, Madol, Reino dos brinquedos
Sou do tempo da Centauro, Martric, Campeã (produzia o uniforme do Jec)
Sou do tempo que as compras do mês eram no Odivan
Sou do tempo do Fliperama no centro
Sou do tempo do Cine Palácio e Cine Colon
Sou do tempo do senhor cego tocando sua sanfona na frente da Caixa Econômica, do Laranjinha e da Rosinha do Pé Inchado (figuras folclóricas)
Sou do tempo dos grandes jogos de futebol de salão no Abel Schulz e grandes shows no Ivan Rodrigues
Sou do tempo que durante o Festival de Dança, o Baturité e Rariah eram os points
Sou do tempo que Rutana e a boate do Tênis faziam muito sucesso nas noites de Joinville
Sou do tempo do Naipi, Gato Preto e Pantera Lanches
Sou do tempo que caranguejo era no Zepellin e carne no Ataliba
Sou do tempo que em outubro acontecia a Fenachopp
Sou do tempo da equipe Sonzão no Ginástico, Findersom no Glória e Stylo Grupo Som no Floresta
Sou do tempo que os desfiles de 9 de Março e 7 de Setembro eram na Getúlio Vargas
Sou do tempo que fazer pesquisa para a escola era na Biblioteca Pública no centro
Sou do tempo que na recreativa da Tigre tinha zoológico, na Tupy tinha parque, na Consul árvores frutíferas e na Embraco era o campo do Arsenal (time amador da cidade)
Sou do tempo que o Elias Moreira era apenas uma escola e atrás ficava o campo do São Luís
Sou do tempo que na praça no centro tinha muitas árvores, bancos e todos queriam tirar fotos com a estátua da Branca de neve e os 7 anões
Sou do tempo que no terminal central o bebedouro era na estátua da “Maria Mijona” (apelido dado pelo povo)
E ali tinha as máquinas que faziam o melhor sorvete do mundo (com abelhas)
Sou do tempo que Joinville nem pensava em asfalto, as ruas eram todas calçadas
Sou do tempo do ônibus Romeu e Julieta e do Interbairros
Sou do tempo que o desfile da Escola Técnica Tupy no dia 9 de Março era feito com camisa manga comprida social e gravata mesmo no calor infernal
Sou do tempo do Ernestão lotado, sentado na arquibancada de ferros, banco de madeira, saco de xixi na cabeça, festa da torcida Inferno na Torre e muitas alegrias
Sou do tempo que os jogos escolares movimentavam a cidade
Sou do tempo da Arp, Manz, Duque, Schneider, Nielson, Douat
Sou do tempo que Joinville fazia jus aos títulos de cidade dos Príncipes, das Flores e das Bicicletas
E mesmo com todos os seus problemas eu sou apaixonado por essa cidade e, é aqui que meus filhos foram criados!

(Autor desconhecido)