Se desejamos ser amados aprendamos a amar verdadeiramente e comecemos gostando de nós mesmos, cada qual sendo amigo de si, avaliando o quanto sofremos, antes do tempo, por coisas que nem acontecerão e se acontecerem poderão ser bem diferentes do que imaginávamos – se gastamos momentos imaginando, com pessimismo, o que vai acontecer podemos até existir por muito tempo mas teremos vivido pouco. A vida é feita do que acontece e sempre será doloroso prever azares, cafifes, desventuras e desamores. Muitas coisas nos são absolutamente desnecessárias e ainda assim insistimos nelas. Nosso espírito ja é bastante limitado ao corpo e não é necessário ser escravo do que não existirá e de todas as limitações que temos que a do amor não tenha limites. Aprendamos a perceber, aprender e participar mais com aqueles que não estão bem e não só dar atenção aos que estão melhor. Queixemos e gargalhemos mais de nós mesmos do que dos outros e saibamos que brincar pode ser muito bom e até sério.Tudo o que fazemos tem um preço que não deve se transformar em custos mas em investimentos na felicidade que almejamos. Não levemos “à ferro e à fogo” as aflições, as angústias e os amargores que não são nossos. A discrição, a serenidade e o silencio podem ser as melhores respostas frente aos gritos, às algazarras e às celeumas na vida. Nós somos os responsàveis pelo que pensamos, dizemos e fazemos e não devemos esquecer que estamos imersos num mundo que combina mentiras com verdades, ardís com honestidades, “faz de conta” com vontade de fazer certo – o mundo é feito do equilibrio entre os antagonismos, de coragem para viver e se olharmos bem os sofrimentos dos outros talvez escolhamos viver com os nossos. Ser belo na velhice será sempre a retribuição de uma vida bem vivida quando fomos realmente o que pareciamos ser, gostando das pessoas certas, amando mais certas e muitas pessoas e também o que não se pode ver e tocar mas sentir presente em nossas vidas. Tenhamos paixão pela família, por amigos e pela natureza que nos é oferecida para viver bem. Se nós, por nós mesmos, soubermos perguntar se estamos errados no que fazemos seremos sempre as pessoas certas.
Dr Luiz Alberto Silveira - Oncologista - Florianópolis/SC