Quem conhece o Casulo já sabe que não somos dados a padrões, logo ficaria impossível definir uma adaptação escolar. Isso porque cada criança é única, e mais, cada fase de sua infância também. Pra ser bem honesto, cada momento é do seu próprio jeito, não?
Há crianças que chegam e já se sentem em casa, os pais ainda estão entregando suas coisas e dando recadinhos e seu filho já está brincando, sem olhar para trás. A estes só podemos nos despedir e garantir que caso a situação mude nós ligaremos.
Há crianças que chegam introvertidas, querem o aconchego do colo conhecido, de imediato não se atraem com os convites das professoras ou o brincar dos amigos. Para estes pais, convidamos que entrem, fiquem o quanto possam, brinquem com seus filhos, e se despeçam de forma breve e segura quando desejarem/precisarem.
Há crianças que inevitavelmente chegarão algum dia chorando, pode realmente ser pela ideia de se afastar da mãe ou do pai bem naquele dia que tinham vontade de ficar juntinho, ou qualquer outro motivo que ainda não saiba expressar ou lidar. Nestes casos, todos precisam paciência, empatia e saber seus limites. Se a família pode voltar pra casa, talvez seja necessário, questione seu filho, dê-lhe opções possíveis, faça reforço positivo de estar aqui. Se os pais precisam ir, despeçam-se com amor e nós os deixaremos informados do decorrer do dia. Se os pais podem ficar e conseguem ajudar seus filhos a encontrar sua paz, sejam bem-vindos!
Um dia é diferente do outro, e uma sucessão de dias iguais não garante nada! Cada caso deve ser analisado individualmente, situações mais delicadas discutidas entre adultos (família e escola), e a prioridade deve ser sempre o bem estar de todas as crianças! Também queremos famílias tranquilas e confiantes, tenham certeza de que faremos nosso melhor pelos tesourinhos de vocês e vocês ficarão por dentro!
Ana Kita, sócia-proprietária do CEI Casulo da Borboleta