quarta-feira, 30 de setembro de 2020

A Menina do Mar

“- (…) As coisas da terra são esquisitas. São diferentes das coisas do mar. 
No mar há monstros e perigos, mas as coisas bonitas são alegres. 
Na terra há tristeza dentro das coisas bonitas.
- Isso é por causa da saudade – disse o rapaz.
- Mas o que é a saudade? – perguntou a Menina do Mar.
- A saudade é a tristeza que fica em nós quando as coisas de que gostamos se vão embora.”
Sophia de Mello Breyner

"Eu, o que faço com estes números?" Humberto Gessinger

Casa na praia de David Gonçalves

Os dois amigos proseavam na mesa do bar num fim de tarde.
– Onde passará as festas?
– Na praia. Quero ver a queima de fogos.
– Você tem casa na praia?
– Tenho. Não é lá grande coisa, mas o pobre merece algumas benesses...
– Só de ouvir falar desse assunto me arrepia. Até os pelos dos braços eriçaram!
– Por quê?
– Cachorro mordido de cobra... Já fui vítima. Possuí uma casa de veraneio. Amassei e comi o pão do diabo. Era meu sonho. A gente do interior sonha com uma casa na praia. Me endividei até o pescoço. Mas não valeu a pena...
– O que aconteceu?
– Aborrecimentos. Casa de veraneio é boa alegria quando se compra e quando se vende. Os parentes aborrecem, os falsos amigos também. Quando a parentalha soube de minha aquisição, toda apareceu, tanto os meus como os da mulher. Sorrisos e mimos não faltaram. Nunca vi tantos agrados. Lisonjas e mais lisonjas. A cabeça ficou zonza de tanta massagem no ego. Nunca fui vaidoso, mas vi a vaidade brotar e florescer.
– Caramba, que coisa!... O que aconteceu?
– O primeiro verão foi maravilhoso. O entra-e-sai de parentes e amigos. Festas de arromba. Minha mulher, na cozinha, sentia-se fatigada, bolinhos e quitude, churrasco, docinho de abóbora, saladinha de chuchu. Meus bolsos se esvaziavam: eu tinha que fazer compras para abastecer armários e geladeira. Na falta de dinheiro, o cartão de crédito. Foram dois meses de muita agitação e gratidão. Revi parentes e amigos, e todos se encantavam com minha pequena casa na praia.
– É bom rever os parentes e amigos... Na vida moderna, o tempo é escasso.
– Mas espalhou-se por toda Quadrínculo que eu tinha casa na orla. Todos contavam maravilhas. Ninguém era mais bondoso do que eu e sabia receber as pessoas. A coisa desandou... No verão seguinte...
– Certos amigos só aparecem nos belos dias de sol.
– É isso, rapaz! No verão seguinte, vieram parentes distantes – de Minas Gerais, de Goiás, de São Paulo, gente que nunca me visitara. E trouxeram os seus amigos, aquelas pessoas nunca haviam me cumprimentado na rua. De repente, surgiam do nada, caídos de paraquedas e ávidos por picanha e cerveja. Lá estava minha esposa exausta na cozinha cheirando a frituras. Eu, nas compras diárias. Crianças corriam de um lado a outro, quebrando o que havia e os pais achavam engraçado. Ninguém mexia uma palha. Fartavam-se, gargalhavam, arrotavam e contavam façanhas. Vi o humor de minha mulher, que pilotava o fogão e lavava o monte de louças e talheres, transformar-se, e minhas economias voarem. A dívida no cartão de crédito crescia. Tão ocupado e cansado estava que não consegui tempo para um banho no mar...
– Pra algumas pessoas, pimenta nos olhos dos outros é refresco.
– Isso mesmo! Mas sobrevivi ao segundo verão. Estropiado, mas sobrevivi. Então, veio o terceiro verão, a gota d´água. Parentes e amigos mais distantes se tornaram íntimos. Carros apinhados, sem avisar, foram chegando, até uma Kombi velha batendo a lataria, com estudantes do colégio. Lá estavam minha mulher na cozinha e eu na via-sacra pelos armazéns abastecendo a despensa. Bocas famintas, bernunças, homens e mulheres brancos e tostados de sol, e crianças mal-educadas, se apinhavam na casa e no quintal, com pequenas barracas. “Onde vamos dormir?” Eu dizia: “Por aí, por aí.” No meio de janeiro, quando o verão fervilha, quase cem pessoas abancadas. Minha mulher estava pálida, para não dizer cadavérica. Eu já não tinha forças nem nas pernas. De noite, era gente espalhada por todos os cantos, roncando, arrotando, vomitando, peidando. Curral apertado. Queixavam-se do desconforto: “Você tem que comprar ar condicionado. Quase não dormi por causa do calor e dos pernilongos! Que desconforto.” Por causa de uma mãe de um parente distante, que mal se movia numa cadeira de rodas, fomos obrigados a ceder a cama e acabamos dormindo no chão áspero da lavanderia. Por azar, a água acabou. E houve uma semana de chuvarada. A casa se transformou num curral apertado e fedorento. Banheiros fediam, pessoas fediam. Todos reclamavam. Minha paciência se esgotou.
– O que você fez?
– Fiquei malcriado. Querem tomar banho? O mar está ali. Querem mijar e cagar? O terreno baldio está na outra esquina. Querem cerveja? O armazém está logo a uma quadra. Querem picanha? O açougue está ali. Ah, também carvão? Voltem no armazém. “Que grosseria!” – resmungavam. As mocinhas peitudinhas e vadias diziam: “Ah, o tio está tratando a gente como estranho...” Eu rebatia: “Quem pariu Mateus, que cuide dele, suas vaquinhas de asfalto!” Um a um, diziam: “Vou embora, nunca vi tanta grosseria...” “Vão tarde”, eu disse, rosnando. Em três dias, a casa esvaziou. Estava um lixo. Parecia que um bando de porcos havia passado por ali. Minha mulher estava mais cadavérica ainda. Eu estava um pau de virar tripas. Mas, enfim, o sossego.
– O que fez com a casa?
– Vendi por preço de banana. Por toda a região de Quadrínculo, passei a ser um cidadão malquisto, que não tem alma e nem consideração. Por causa de uma casa na praia... Bem, está ficando tarde, obrigado pela prosa, tenho que ir. Ah, boas festas! E não fale pra ninguém que tem casa na praia... Isso poderá estragar sua vida.

Cora Coralina

terça-feira, 29 de setembro de 2020

...

Você acha que se conhece? Hilton Görresen

Esses dias me perguntaram: qual o assunto que você mais entende? Pergunta difícil. Não tenho vergonha de dizer que, no fundo, não entendo profundamente de nada. Todas as coisas que li ou presenciei na vida foram depositadas num vazio da memória, onde ficam flutuando como um internauta solto no espaço. E não vêm à tona assim de improviso, num acionar de gatilho. É necessário buscá-las com reflexão, no espaço solitário de meu escritório. E assim mesmo, só consigo recuperar uma pequena percentagem.
Mas há um modo de responder à pergunta. Acho que sou especialista numa única coisa: em mim mesmo. Sei mais sobre mim do que qualquer outra pessoa. No dia em que minha vida for tema de vestibular, me chamem.
Só eu sei de minhas dificuldades e de minhas escassas vitórias; de minhas neuras e desencantos. De minhas contradições. Como todos os seres humanos, não sou nem bom nem mau. Há momentos, contextos. Há graus de indignação, pontos de fervura. Mas procurei sempre ser justo.
Para que tudo não seja tão fácil, coloco uma dúvida: será que me conheço mesmo tanto assim? Ou, expandindo a questão: será que alguém é capaz de se conhecer por completo? Será que sei de onde vêm meus medos, meus gostos, minhas indecisões (alguns dirão que é do signo astral); de onde esta timidez antiga? 
Dizer que me conheço é não acreditar nas mudanças potenciais. Nas reações inesperadas. Como reagir diante das situações-limite, de um perigo, quando o corpo se inundar de adrenalina ou quando as pernas tremerem? Serei um herói, como os heróis de cinema, preservando a honra e a coragem? Terei serenidade para enfrentar certas situações?
A teoria literária chama de “personagens planas” aquelas que se comportam sempre do mesmo modo, de quem se podem esperar as mesmas reações, consideradas caricaturas de comportamentos universais, como a vaidade, a usura, a arrogância... E “personagens redondas” as que demonstram complexidade de atitudes, riqueza interior, vacilações e reviravoltas de comportamento, como o vilão capaz de um gesto nobre, o fraco que se revolta e enfrenta organizações poderosas. 
No mundo real, as pessoas levam no íntimo uma motivação que as impulsiona e que pode reverter seus atos: um desejo, uma tara, uma inveja, uma frustração, algo tão íntimo, mas que pode vir à luz de repente, traduzido num ato contraditório e inexplicável. 
Sendo assim, quem pode dizer que se conhece por inteiro? Você pode arriscar?

Pleonasmos

Belchior em "Saia do meu caminho"

Saia do meu caminho
Eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decida
A minha vida

Não preciso que me digam
De que lado nasce o sol
Porque bate lá meu coração
Sonho e escrevo
Em letras grandes
De novo!
Pelos muros do país
João!
O tempo andou mexendo
Com a gente
Sim!
John!
Eu não esqueço
A felicidade
É uma arma quente
Saia do meu caminho
Eu prefiro andar sozinho
Deixem que eu decida
A minha vida

Não preciso que me digam
De que lado nasce o sol
Porque bate lá meu coração
Sob a luz
Do teu cigarro na cama
Teu gosto ruge
Teu batom me diz
João!
O tempo andou mexendo
Com a gente
Sim!
John!
Eu não esqueço

A felicidade
É uma arma quente.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Demitir clientes é necessário!

Use isso na sua vida: Você deve demitir um cliente quando ele esgotar sua energia e tirar sua paz. Não importa o que você faça ou ofereça, ele nunca vai ficar satisfeito. Não importa o quão bom você é, esse cliente sempre vai reclamar do seu trabalho, do seu preço, dos seus serviços...

Ele vai sugar toda a sua energia, o seu tempo, a sua paciência para satisfazer os desejos dele, e ainda vai reclamar. Pior: vai dar desculpas pra não pagar seu preço, desqualificando alguma coisa que você fez, geralmente distorcendo a verdade, pra justificar a inadimplência, deixando você com raiva. 

Então, deita ele! Livre-se dele! Porque não haverá nada que você faça que irá agradá-lo.

Sim, ele vai falar de você! E na primeira esquina que encontrar vai trocar você por outro profissional que não irá fazer a metade do que você faz. 

Demita ele! Porque se você continuar com ele, você não vai ter tempo de oferecer o seu melhor para os outros clientes que estão precisando da sua atenção. 

Os clientes que realmente gostam de você, dos seus produtos ou serviços vão se manter fiéis a você. Vão te respeitar. Vão te admirar. Vão falar bem de você e do seu trabalho. Vão te indicar para amigos e conhecidos. Vão pagar o combinado sem questionar e sem precisar ser cobrados.

Pense nisso! Você vai crescer muito mais profissionalmente e também como pessoa.

Quando nos livramos de pessoas tóxicas, fúteis, falsas, arrogantes, mal educadas, ignorantes, egoístas, venenosas - sejam clientes, amigos, colegas de trabalho, conhecidos, família, empregados, a vida flui.

Nuvens carregadas atraem raios e tempestades, pense nisso.

Valorize-se. Dê oportunidade para quem realmente te valoriza como ser humano, como profissional, para quem gosta de você pelo que você é e pelo que juntos podem trocar. Sem troca justa nenhum relacionamento vale a pena. Só alimente o que for bom. O resto, corte da sua vida!

Feliz semana...

Rosa de Saron

Suas sementes são como grãos de areia e 
podem sobreviver por décadas no deserto e 
ao primeiro sinal de água elas brotam...

Valter Hugo Mãe

"Somos o resultado de tanta gente, de tanta história, 
tão grandes sonhos que vão passando de pessoa a pessoa, 
que nunca estaremos sós."

domingo, 27 de setembro de 2020

Reflexões de uma pessoa com idade avançada

"Perguntei a um amigo que já ultrapassou os 60 anos e está chegando aos 70...
Que tipo de mudança ele está sentindo?
Ele me enviou as seguintes linhas muito interessantes:
1) Depois de amar meus pais, meus irmãos, minha esposa,
meus filhos, meus amigos, agora comecei a me amar.
2) Acabei de perceber que não sou "Atlas".
O mundo não repousa sobre meus ombros.
3) Parei de negociar com vendedores de frutas e verduras.
Afinal, alguns centavos a mais não vão abrir um buraco no meu bolso,
mas podem ajudar o pobre homem a economizar para as taxas escolares da filha.
4) Pago o taxista sem esperar o troco.
O dinheiro extra pode trazer um sorriso ao seu rosto.
Afinal, ele está trabalhando muito mais duro do que eu.
5) Parei de dizer aos mais velhos que já contaram essa história muitas vezes.
Afinal, a história os faz trilhar o caminho da memória e a reviver o passado.
6) Aprendi a não corrigir as pessoas, mesmo quando sei que estão erradas.
Afinal, a responsabilidade de tornar todos perfeitos não é minha.
A paz é mais preciosa do que a perfeição.
(Como diz a Karín: se a pessoa vive numa bolha, deixa... não estoure a bolha!)
7) Dou elogios de forma livre e generosa.
Afinal, melhora o humor não só do destinatário, mas também o meu.
8) Aprendi a não ser incomodado por uma mancha na minha camisa.
Afinal, a personalidade fala mais alto do que as aparências.
9) Eu fico longe de pessoas que não me valorizam.
Afinal, eles podem não saber meu valor, mas eu sei.
10) Fico calmo quando alguém faz política suja para ficar à minha frente na corrida dos ratos. Afinal, não sou um rato e também não estou em nenhuma corrida.
11) Estou aprendendo a não ter vergonha de minhas emoções.
Afinal, são minhas emoções que me tornam humano.
12) Aprendi que é melhor abandonar o ego do que romper um relacionamento.
Afinal, meu ego vai me manter distante, enquanto com relacionamentos eu nunca estarei sozinho.
13) Aprendi a viver cada dia como se fosse o último.
Afinal, pode ser o último.
14) Estou fazendo o que me deixa feliz.
Afinal, sou responsável pela minha felicidade e devo isso a mim mesmo".

...

Confúcio


“Quem não sabe o que é a vida, 

como poderá saber o que é a morte?”

Dor

sábado, 26 de setembro de 2020

Cotidiano - Chico Buarque

"Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher 
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café
Todo dia eu só penso em poder parar
Meio-dia eu só penso em dizer não
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão
Seis da tarde como era de se esperar
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor
Todo dia ela faz tudo sempre igual..."

Sobre depressão...

Saiba...


A queima do lixo é um ato criminoso, mesmo quando dentro de propriedade particular. Isso porque, segundo a Lei de Crimes Ambientais, são jogados na atmosfera resíduos dos materiais queimados, causando poluição e possíveis danos à saúde humana. A punição pode ser de multa e detenção de 6 meses a um ano. Há também o risco de causar incêndio, colocando em perigo a vida, a integridade física e o patrimônio de outrem, com previsão de punição no código penal de reclusão de três a seis anos e multa.

Bert Hellinger

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Faça as pazes com sua escuridão!

O caminho do autoconhecimento encoraja você a explorar seu próprio sofrimento e o bem ou o mal dentro de suas próprias intenções. É dentro do abismo de sua própria escuridão que suas feridas são expostas e isso faz parte de seu avanço espiritual.
Torne-se o mestre do seu crescimento retornando à sua luz, radiância e conhecimento. Conheça a si mesmo de dentro para fora e transcenda a propaganda dogmática que os supressores usam para mantê-lo cego, mesmo com seus olhos, mente e sentidos, para pensar, sentir e saber.
Tire um tempo para se interiorizar e ver o que você realmente é. Comece relaxando, sentindo-se leve e ouvindo a voz interior que o conecta à sua sabedoria. Ouça e sinta, esteja presente no momento da auto-reflexão e inspiração interior.
A busca divina da autodescoberta é percorrida sozinha, o caminho muitas vezes é obscuro e dentro de emoções opressivas de ignorância e mistério. Você não pode fugir das sombras porque elas estão esperando por você para abraçá-las. Elas também fazem parte de quem você é. A resistência faz parte do caminho de todos, por isso você deve perseverar.
Níveis mais profundos de cura são alcançados quando aquela parte de você que é o destruidor de seu amor e afeição é exposta e você alcança níveis mais profundos de compreensão com antigas sementes de sabedoria de sua alma.
Aprenda a identificar o que está lhe causando incômodo e abrir caminho para as mudanças. Você deve compreender suas dores e se reconectar com sua alma e auto-estima.
E, claro, o objetivo principal aqui é que você não tenha medo do seu eu maior e das partes inconscientes da personalidade com as quais a mente consciente não se identifica, que são ocultas, invisíveis ou desconhecidas.
Ouça o seu coração. Seu ser é mais sagrado.

Reiki

Cora Coralina

"Procuro semear otimismo e 
plantar sementes de paz e justiça. 
Digo o que penso, com esperança. 
Penso no que faço, com fé. 
Faço o que devo fazer, com amor. 
Eu me esforço para ser cada dia melhor, 
pois bondade também se aprende"

Coisas da vida...

                         

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

"O que será - A flor da pele" de Milton e Chico

"O que será que será
Que andam suspirando pelas alcovas
Que andam sussurando em versos e trovas
Que andam combinando no breu das tocas
Que anda nas cabeças, anda nas bocas
Que andam acendendo velas nos becos
Que estão falando alto pelos botecos
Que gritam nos mercados, que com certeza
Está na natureza, será que será
O que não tem certeza, nem nunca terá
O que não tem conserto, nem nunca terá
O que não tem tamanho


O que será que será
Que vive nas idéias desses amantes
Que cantam os poetas mais delirantes
Que juram os profetas embriagados
Que está na romaria dos mutilados
Que está na fantasia dos infelizes
Que está no dia-a-dia das meretrizes
No plano dos bandidos, dos desvalidos
Em todos os sentidos, será que será
O que não tem decência, nem nunca terá
O que não tem censura, nem nunca terá
O que não faz sentido


O que será que será
Que todos os avisos não vão evitar
Porque todos os risos vão desafiar
Porque todos os sinos irão repicar
Porque todos os hinos irão consagrar
E todos os meninos vão desembestar
E todos os destinos irão se encontrar
E o mesmo padre eterno que nunca foi lá
Olhando aquele inferno, vai abençoar
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem vergonha nem nunca terá
O que não tem juízo"

Basta de inglês

Henri Poincaré


“O acaso não é mais do que a medida da nossa ignorância”

Pensando...

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

...

Reflexão

Durante a Segunda Guerra Mundial, estatísticos da equipe de Abraham Wald analisavam todos os aviões que voltavam das batalhas e destacavam as áreas com mais marcas de balas, como na imagem abaixo...
O objetivo era identificar onde a estrutura dos aviões deveria ser reforçada da maneira mais eficiente: não muito a ponto de deixar o avião muito pesado, difícil de manobrar e consumindo mais combustível, e nem tão pouco a ponto de deixá-lo vulnerável. A distribuição das perfurações não era uniforme: as marcas em vermelho da figura representam as áreas atingidas mais frequentemente. Com base nestes dados, onde eles deviam reforçar? Uma resposta automática, sem pensar muito seria "onde recebe mais tiros." Até faz sentido: se estão atirando nas asas, é melhor blindá-las para evitar o estrago. Quais foram as recomendações de Abraham Wald? 
1) Não reforçar as áreas mais atingidas; 
2) Blindar as áreas sem marca nenhuma, como os motores, por exemplo. 
Os aviões que receberam mais tiros nas áreas destacadas foram capazes de voar de volta. Mas os que foram atingidos nas áreas sem marcas sequer voltaram. Ninguém estava analisando as marcas de balas nos aviões que não voltaram.

Alfabeto em Libras

Cecília Meireles

terça-feira, 22 de setembro de 2020

...

"Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias"

Julgamento

Cura das Atitudes - Princípio 1

A essência do nosso ser é amor

Somos todos um!
Esta verdade esquecida em alguma parte da nossa mente grita para ser apenas reconhecida. 

Somos todos um no amor, que é o oposto do medo. 
Onde está o amor, lá não existe medo. 
Porém, se o medo está presente, o amor aparentará estar ausente.
O oposto do amor é realmente o medo, mas o que tudo abrange não pode ter opostos.

Quando reconhecemos a nossa identidade comum, 
conquistamos a verdadeira liberdade, que é ser.

Hoje vou me lembrar da minha essência e de todos os outros seres, dizendo:

“Ensino somente o amor, pois é somente isso que sou.”

Gerald Jampolsky - inspirado em Um Curso em Milagres

Tipos de violência... Basta!

                                       

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Banho de Mar - Clarice Lispector

"Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda.
Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes do sol nascer. Como explicar o que eu sentia de presente inaudito em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio que nos levaria para Olinda, ainda na escuridão? De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Vestíamos depressa e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum. (...) Eu não sei da infância alheia, mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me agarrava, dentro de uma infância muito feliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária.
O mar de Olinda era muito perigoso. Davam-se alguns passos em um fundo raso e de repente caía-se num fundo de dois metros, calculo.
Outras pessoas também acreditavam em tomar banho de mar quando o sol nascia. Havia um salva-vidas que, por uma ninharia de dinheiro, levava as senhoras para o banho: abria os dois braços, e as senhoras agarravam-se a eles para lutar contra as ondas fortíssimas do mar.
O cheiro do mar me invadia e me embriagava. As algas boiavam. Oh, bem sei que não estou transmitindo o que significavam como vida pura esses banhos em jejum, com o sol se levantando pálido ainda no horizonte. Bem sei que estou tão emocionada que não consigo escrever. O mar de Olinda era muito iodado e salgado. E eu fazia o que no futuro sempre iria fazer: com as mãos em concha, eu as mergulhava nas águas e trazia um pouco de mar até minha boca: eu bebia diariamente o mar, de tal modo queria me unir a ele.
Não demorávamos muito. O sol já se levantara todo, e meu pai tinha que trabalhar cedo. Mudávamos de roupa nas cabinas, e a roupa ficava impregnada de sal. Meus cabelos salgados me colavam na cabeça. Então esperávamos, ao vento, a vinda do bonde para Recife. No bonde a brisa ia secando meus cabelos duros de sal.
A quem devo pedir que na minha vida se repita a felicidade? Como sentir com a frescura da inocência o sol vermelho se levantar? Nunca mais?
Nunca mais. Nunca".
"A descoberta do Mundo" (páginas 249/251).

Dica pra semana...

Aprenda que nem tudo precisa de uma reação...

Você continuará sofrendo se tiver uma reação emocional a tudo que é dito a você. O verdadeiro poder consiste em observar as coisas com lógica. Se as palavras controlam você, isso significa que todos podem controlá-lo. Respire e permita que as coisas passem.
 
Não deixe que a irresponsabilidade de alguém contamine o seu interior. Estou numa fase que não brigo, não discuto, não desejo mal e nem vou tirar satisfação. Prefiro simplesmente silenciar, observar e vida que segue... Ando preferindo ter paz do que ter razão. Minha saúde mental vale mais do que qualquer estresse.
 
Eu aprendi que não posso evitar que as pessoas me julguem. Às vezes a melhor coisa a se fazer é simplesmente deixar as coisas acontecerem, deixar ir, deixar chegar, sem forçar, sem resistir, sem esperar que as pessoas entendam. Eu aprendi que a vida se torna mais leve e bonita quando focamos mais nas coisas que acontecem dentro de nós do que nas coisas que acontecem a nossa volta. A vida fica mais leve quando aprendemos a viver e ser feliz de dentro para fora. Quando abrimos mão de todas as certezas que carregamos e passamos a viver um dia de cada vez sem esperar nada, nem da vida, nem de ninguém.

Aprenda a sentar e observar. Paz de espírito é viver com a consciência tranquila. Podem "achar e falar" o que quiserem de você que nada vai abalar seu dia. Você consegue ignorar essas coisas "menores" e negativas, pois sua alma aprendeu a ser livre!

Victor Hugo

                   

domingo, 20 de setembro de 2020

Busca da visão

Neste momento, que a humanidade está passando agora pode ser vista como um portal e um buraco.
A decisão de cair no buraco ou passar pelo portal é com você.
Se você se pender ao problema e consumir as notícias 24 horas por dia, com pouca energia, nervoso o tempo todo, com pessimismo, você cairá no buraco.
Mas se você aproveitar essa oportunidade para se olhar, repensar a vida e a morte, cuidar de si e dos outros, atravessará o portal.
Cuide de suas casas, cuide de seu corpo. Conecte-se com sua casa espiritual.
Quando você está cuidando de si mesmo, está cuidando de tudo o mais.
Não perca a dimensão espiritual dessa crise, tenha os olhos da águia, que de cima, vê o todo; olhe mais amplamente.
Há uma demanda social nesta crise, mas também há uma demanda espiritual.
Os dois vão de mãos dadas.
Sem a dimensão social, caímos no fanatismo. Mas sem a dimensão espiritual, caímos no pessimismo e na falta de sentido.
Você estava preparado para passar por essa crise.
Leve sua caixa de ferramentas e use todas as ferramentas disponíveis para você.
Aprenda sobre a resistência a partir dos povos indígenas e africanos: sempre fomos e somos exterminados.
Mas ainda não paramos de cantar, dançar, acender uma fogueira e nos divertir.
Não se sinta culpado por ser feliz durante este período difícil.
Você não ajuda em nada a ficar triste e sem energia.
Você ajuda se coisas boas emanam do Universo agora.
É através da alegria que se resiste.
Além disso, quando a tempestade passar, cada um de vocês será muito importante na reconstrução desse novo mundo.
Você precisa estar bem e forte.
E, para isso, não há outra maneira senão manter uma vibração bonita, feliz e brilhante. Isso não tem nada a ver com alienação.
Essa é uma estratégia de resistência.
No xamanismo, há um rito de passagem chamado busca pela visão.
Você passa alguns dias sozinho na floresta, sem água, sem comida, sem proteção. Quando você atravessa esse portal, obtém uma nova visão do mundo, porque enfrentou seus medos, suas dificuldades ...
Isso é o que lhe é pedido:
Permita-se aproveitar esse tempo para realizar seus rituais de busca da visão.
Que mundo você quer construir para você?
Por enquanto, é isso que você pode fazer: serenidade na tempestade.
Acalme-se, medite todos os dias.
Estabeleça uma rotina para encontrar o sagrado todos os dias.
Boas coisas emanam; o que você emana agora é a coisa mais importante.
E cante, dance, resista através da arte, alegria, confiança e amor.
Resistir é igual a Renascer!
Cuide-se!

...

É um longo caminho a Tipperary - Hilton Görresen

Pra começo de conversa, nunca fui a Tipperary, nem sei onde fica esse lugar. É o título de uma das músicas preferidas dos soldados americanos na Segunda Guerra. É um longo, longo caminho a Tipperary, mas lá os espera uma linda garota. Quem não vê nisso um regresso a Bountiful, local onde se passou uma infância e uma mocidade felizes, onde se conheceu o amor, onde se teve as primeiras e sinceras amizades? Mas Bountiful já não existe, tornou-se um lugar abandonado, inóspito. Assim como muitos dos soldados não puderam reencontrar sua Tipperary.
Me deixam nostálgico textos, músicas ou filmes que falam de alguém deixando algum lugar ou (principalmente) voltando a ele. Será a eterna busca de um paraíso inexistente? Do lugar ideal para deixar escorrer a vida?
Partir e regressar são dois lados da mesma moeda. Quem parte, deixa para trás amigos, amores, infância; quem regressa, busca a ilusão de recuperar tudo isso, convicto de que “era feliz e não sabia”.
Uma das músicas que falam desse tipo de saudades é o eterno “Luar do Sertão”. Ai que saudade do luar da minha terra... Até a onça na verde capoeira veste um traje nostálgico e nos faz percorrer sem medo as grotas noturnas.
Outras músicas de meus verdes anos fazem sacudir a alma: “Adeus, escola querida”, uma adaptação de melodia sertaneja, cantada nas formaturas do curso primário. E a melodia que cantávamos nas aulas de Canto Orfeônico no antigo Ginásio Santa Catarina: Adeus Guacira. Guacira é um pedacinho de terra, um pé de serra que ninguém sabe onde está. 
Das melodias americanas, “Greenfields” me abala afetivamente. Somente o nome, verdes campos, já agride com um quê de saudosismo; quem não haveria de querer um greenfield para onde regressar. 
A romântica Serra da Boa Esperança ficou no coração e no olhar de seu filho Lamartine Babo nesta bela canção de despedida: ó, minha serra, eis a hora do adeus, vou-me embora... Ataulfo Alves não conseguiu se livrar de seu pequenino Miraí, onde era feliz e não sabia.
Quem voltou a um local de nome indefinido foi o cantor e compositor Osvaldo Nunes, hoje esquecido por muitos: voltei, aqui é meu lugar. Nisso foi seguido por ninguém menos que Roberto Carlos: eu voltei, agora pra ficar, porque aqui, aqui é meu lugar...
Como em um filme, a partida é um começo de vida, a volta é um fim, amarga ou vitoriosa, mas sempre bela. Também como nos filmes, o que é belo não vai além do “the end”. Depois dele, só Deus sabe...

Helena Montenegro

sábado, 19 de setembro de 2020

10 coisas que sempre devemos fazer por nós

1. Tomar banho, mesmo se você quiser ficar na cama, vá tomar banho.
2. Coloque perfume (indispensável) e batom.
3. Use apenas rímel à base de água; quando sentir vontade de chorar, pense duas vezes.
4. Saia de casa, não importa se você não tem ninguém para visitar. Pegue o cachorro e saia. Você não tem cachorro, pegue um livro e vá para o parque mais próximo.
5. Sorria, aos poucos você fará isso sem perceber e se sentirá muito melhor.
6. Coma bem, é delicioso. Um desejo não mata ninguém.
7. Ame a si mesma, parece fácil, eu sei. Olhe no espelho com respeito e serenidade. Se você não tem nada agradável para dizer, fique em silêncio. Lembre-se que sua voz interior também fala com você... fale consigo mesma com amor e compaixão. Se você não aprender a respeitar o excesso de peso, a altura, o tamanho do busto, as estrias, a celulite, é fácil alguém machucá-la em sua privacidade.
8. Lembre-se de que tudo vai acontecer. Nada dura para sempre. Deixe suas lágrimas escaparem, mas não fique ancorada no sofrimento. Amanhã você pode começar de novo e ver que apesar das feridas, você se recuperará novamente!
9. Elimine da sua vida todas as pessoas que a machucaram ou fizeram com que você se sentisse mal.
10. Fique com aqueles que fazem você sonhar, que a levam a melhorar a si mesma, que enxergam em você a magia que você tem e que te faz feliz. Você não depende deles, simplesmente eles influenciam sua vida se você permitir.

Carl Jung

Crenças limitantes

Crenças limitantes são formadas por tudo aquilo que você ouviu ou vivenciou durante a sua vida e que foram tomadas como verdade absoluta. Em relação ao dinheiro isso é extremamente comum, o que leva a diversas pessoas serem travadas e a não prosperarem corretamente. 
Essas crenças travam a sua potência de ação, pois você carimbou e cristalizou algumas ideias na sua vida sem questioná-las, e elas entram na sua mente e espelham no mundo exterior, pois a sua mente cria a sua realidade. 
Portanto, se prender às crenças limitantes em relação ao dinheiro é simplesmente travar todas suas chances de prosperidade.
Isso vai totalmente contra o fluxo do universo, que é pleno, abundante, detentor de riquezas e que pode ser acessado por todos nós. Acessar essa abundância depende apenas de você! É totalmente possível desconstruir crenças limitantes e você é SIM capaz de ser uma pessoa próspera, mergulhada no fluxo da abundância universal. 
Para eliminar essas crenças limitantes, você precisa identificar todas as que estão relacionadas ao dinheiro e se perguntar: o que eliciou esse pensamento em mim e qual é a afirmação oposta disso?
Transforme todas essas crenças em afirmações empoderadas que vão a favor da prosperidade, a favor do fluxo abundante do universo. A escassez não é real, ela está apenas em sua mente!
Transmutando e desconstruindo todas essas crenças limitantes que vão contra a prosperidade, você vai elevar a sua vibração e vai emanar confiança para o universo. Fazendo isso, você entra em uma trilha de realização e atração de prosperidade e abundância para a sua vida.

Saiba...

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

...

Está triste? Leia para reencontrar a alegria.

Está feliz? Leia para aprofundar a sensação.

Está solitário? Leia e encontrará um grande amigo.

O mundo está complicado? Leia. Leia. Leia.

Em caso de dúvida, leia mais. Deixar de ler é antecipar a morte do sentido.

Mario Quintana

Aumentando a felicidade

“Talvez, a única coisa que preciso mudar para que eu passe a experimentar mais felicidade, 
mais amor e mais vitalidade, é a minha maneira de pensar.

1 - Eu posso mudar o que eu me recuso a confrontar, aceitando, abraçando, acolhendo...

2 - Algumas vezes coisas boas desmoronam para coisas melhores acontecerem.

3 - Paro de pensar em custos. Penso em valores.

4 - Às vezes eu preciso me distanciar para ver as coisas claramente.

5 - Paro de comprar coisas que não preciso com o dinheiro 
que não tenho para impressionar pessoas que não conheço.

6 - Não importa quantos erros eu cometo ou quão devagar é meu progresso, 
eu já evolui bastante!

7 - Se uma pessoa quer fazer parte de minha vida, ela fará um esforço óbvio para isso.
 Penso duas vezes antes de reservar um espaço em meu coração 
para as pessoas que não fazem um esforço para ficar.

8 - Fazer uma pessoa sorrir pode mudar o mundo – talvez não o mundo todo, mas o mundo dela.

9 - Dizer que alguém é feio não me transforma em um ser mais bonito.

10 - As únicas pessoas normais que eu conheço são aqueles que eu não conheço muito bem.

11 - A vida é 10% do que acontece comigo e 90% de como eu reajo.

12 - A coisa mais dolorosa é me perder no processo de amar 
alguém demais, e esquecer que eu sou especial também.”

Lições

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Mulheres de Atenas - Chico Buarque

"Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas
Quandos eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas
Obscenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas
Helenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas
Morenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas
Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas"

Livro

A vida me ensinou...

"A dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;
Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
Para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam;
Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, 
para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;
Calar-me para ouvir; aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.
A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo
é gritar todas as minhas dores para o mundo.
A ser forte quando os que amo estão com problemas;
Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;
Ouvir a todos que só precisam desabafar;
Amar aos que me machucam ou querem fazer de mim 
depósito de suas frustrações e desafetos;
Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;
Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor;
A alegrar a quem precisa;
A pedir perdão;
A sonhar acordado;
A acordar para a realidade (sempre que fosse necessário);
A aproveitar cada instante de felicidade;
A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;
Me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
embora nem sempre consiga entendê-las;
A ver o encanto do pôr-do-sol;
A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo
o que é importante para a felicidade do meu ser;
A abrir minhas janelas para o amor;
A não temer o futuro;
Me ensinou e está me ensinando a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante 
que eu mesmo tenha que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher".

Martha Medeiros

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Bert Hellinger

"Quando estou diante de alguém que não conheço, 
é mais fácil olhar essa pessoa com amor. 
Amar não quer dizer que eu queira alguma coisa dela, 
mas que eu o aceito tal como ele é. 
Sem julgamentos.
Quem olha assim as árvores, por exemplo, 
acha toda árvore bonita, seja ela como for. 
Não existe outra possibilidade. 
Isso acontece também com os seres humanos.
Isso é o amor: o reconhecimento do que é belo e bom, tal como é."

Deus

Por Lucas Motta (opinião)

Não é bowl, é tigela!

Sem querer ser chato, mas já sendo. Se tem uma coisa que me irrita é essa merda de americanização da nossa língua. O inglês é uma língua POBRE!!! Não chega aos pés da riqueza do português. Copo é glass, óculos é glass, vidro é glass (que merda é essa?). E as pessoas conseguem empobrecer o português com esse monte termo chato pra caralho. Eu fiz faculdade de comunicação e desde sempre nunca aguentei a galera de marketing e RP metendo frase em inglês no meio de uma conversa. Isso já me irritava naquela época. Hoje, bem mais velho e caminhando pra chatice crônica, isso me irrita profundamente.

Crise

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Por Fabiane Zimmermann

"Se você quer mudar o mundo, comece mudando a si mesmo dia após dia"
Dalai Lama

Cuidar de si para poder cuidar do outro e então, sim exercitar o propósito o qual você planejou.
Quando terminar o dia pergunte-se o que eu fiz para contribuir para um mundo melhor.
O seu propósito de vida está alinhado com o seu legado?

Saiba