Estamos tão acostumados a reagir por impulso, quando alguém nos machuca, que acabamos envenenando o nosso dia ou, às vezes, a nossa vida. Mas muitas vezes nossa felicidade pode depender da nossa capacidade de ignorar aqueles que nos prejudicam.
Quantas vezes nos sentimos ofendidos, tristes, irritados com o comportamento dos outros? Estas reações são comuns e fazem parte do comportamento normal do ser humano. O problema surge quando os sentimentos negativos começam a aflorar e acabam nos desgastando.
Aprender a ignorar uma pessoa tóxica não é simples, mas envolve uma profunda mudança de atitude. Devemos aprender a abrir a mente e a ver as coisas sob um outro ponto de vista. Nesse sentido, falaremos da “aceitação radical”, uma técnica desenvolvida pela psicóloga Marsha M. Linehan da Universidade de Washington.
Do que se trata a aceitação radical? Trata-se de aceitar algo sem julgamentos. Vamos dar um exemplo: quando alguém nos irrita com suas palavras ou com seus gestos, é porque nós mesmos esperamos determinados comportamentos daquele alguém, e rejeitamos um comportamento diverso daquele que tínhamos imaginado.
Segundo Linehan, essa rejeição alimenta a frustração, o ressentimento, o ódio ou a tristeza e, ao contrário, quando se pratica a aceitação radical, aceita-se simplesmente o que quer que tenha acontecido, sem entrar no julgamento do mérito. A distância psicológica cria uma espécie de escudo e garante que, em uma ou em outra situação, não sejamos emocionalmente prejudicados.