"Água que nasce na fonte, serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente, riacho e deságua
Na corrente do ribeirão...
Águas escuras dos rios
Que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias
E matam a sede da população...
Águas que caem das pedras
No véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas
No leito dos lagos, no leito dos lagos...
Água dos igarapés
Onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora
Virar nuvens de algodão...
Gotas de água da chuva
Alegre arco-íris, sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas
Na inundação...
Águas que movem moinhos, são as mesmas águas
Que encharcam o chão
E sempre voltam humildes
Pro fundo da terra, pro fundo da terra...
Terra! Planeta Água..."
(Planeta Água - Guilherme Arantes)