segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Aristóteles

“Se andas desesperado por problemas financeiros, 
amorosos ou de relacionamentos familiares, 
busca em teu interior a resposta para acalmar-te, 
você é o reflexo do que pensas diariamente”

Se depender de mim eu vou até o fim!

Maçã e cravo para limpeza do ambiente

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A maçã é um ótimo receptor de energia, trata-se de algo bem simples, mas muito eficiente para saber como está a energia de sua casa:
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Escolha um bom momento do dia, de preferência quando estiver só, relaxe, e comece o processo.
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É interessante que, depois de pronta, coloque a maçã em um ponto estratégico de sua casa ou em um altar, caso você o tenha.
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Não é aconselhável colocar em cima de geladeiras e microondas por causa das ondas. Acenda um incenso de purificação de ambiente, desses indianos de varetinha, facilmente encontrado em qualquer local.
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Pegue uma maçã bem bonita e vermelha, espete nela toda cravos da índia e enquanto faz isso, vá mentalizando purificação, limpeza, proteção…
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O cravo da índia funciona como retentor de energias negativas e a maçã absorve essas energias, ou seja, os dois juntos funciona como um termômetro.
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Vá observando os sinais que essa maçã irá te dar no decorrer dos dias. Se apodrecer rápido ou se sentir um cheiro muito forte do cravo, significa que a energia densa foi absorvida, então jogue a maçã fora (despachando na natureza, no pé de uma árvore, num jardim, num campo florido, em algum lugar limpo da natureza) e limpe sua casa com uma mistura de aguá com folhas de arruda num balde com água e sal grosso. Não tem uma fórmula certa para este desinfetante natural. Molhe o pano nessa água e vá passando pano em sua casa toda, ficando atenta aos cantinhos. Se quiser, borrife essa água nos quatro cantos da casa.
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Depois repita a fórmula da maçã, verá como irá durar bem mais tempo antes de apodrecer, isso significa que sua casa está limpa de energias densas. Repita esse processo sempre que quiser.
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Caso a maçã tenha um boa durabilidade, significa que sua casa está com uma boa energia e então uma defumação ou mesmo acender varetinhas de incenso de vez em quando é suficiente para manter a casa num bom astral.
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Você

...

domingo, 30 de agosto de 2020

"O centésimo macaco"

Teoria do pensamento coletivo
Durante mais de trinta anos, um tipo de macaco japonês (latim: Macaca fuscata) foi analisado em estado selvagem. Em 1952, pesquisadores deram batatas-doces, que caíram na areia, aos macacos da ilha Koshima.
Os símios gostaram do sabor das batatas cruas, mas acharam desagradável o da areia.
Uma fêmea de dezoito meses, chamada Imo, descobriu que poderia resolver o problema lavando as batatas num riacho próximo. Ela ensinou sua descoberta à mãe. As amigas também aprenderam essa nova maneira de proceder e a transmitiram para as respectivas mães. Diante dos olhares dos pesquisadores, esta novidade cultural foi sendo, gradativamente, aprendida por vários macacos.
Entre 1952 e 1958, todos os jovens macacos aprenderam a lavar batatas sujas de areia para torná-las mais saborosas. Somente os adultos que imitaram seus filhotes aprenderam esse tipo de evolução social.
Outros adultos permaneceram comendo batatas sujas.
Eis que aconteceu algo sensacional: no outono de 1958, um certo número de macacos da ilha Koshima (o número exato é desconhecido) lavava batatas. Suponhamos que, ao alvorecer daquele dia, havia na ilha 99 macacos que já tinham aprendido a lavar batatas.
Suponhamos ainda que, em seguida, naquele mesmo dia, um centésimo macaco aprendeu a lavar batatas. Nesse instante algo importante aconteceu. Naquela tarde, quase todos os membros do grupo haviam lavado as batatas antes de comê-las.
A energia acrescentada pela adesão do centésimo macaco, de alguma forma, provocou uma eclosão ideológica! Mas, veja bem: o que mais surpreendeu os pesquisadores foi o fato de o hábito de lavar batatas haver, espontaneamente, cruzado os mares.
Colônias de macacos de outras ilhas e do monte Takasaki, da ilha Kiusho, começaram a lavar suas batatas (essa pesquisa está descrita em detalhes no livro Lifetide, de Lyall Watson, Bantan Books, 1980). 
Concluiu-se que, quando uma quantidade de indivíduos que adquiriram determinado conhecimento atinge certo número crítico, esse novo saber pode ser transmitido de uma mente para outra.
Embora o número exato possa variar, o fenômeno do centésimo macaco significa que, quando apenas um número limitado de pessoas sabe de um caminho, este pode permanecer como propriedade da consciência dessas pessoas. A partir de um certo número, porém, essa consciência pode ser sintonizada por outras pessoas, fenômeno que a fortalece e expande.
O seu ato consciente pode mudar o pensamento de toda uma nação. Faça o certo, mesmo quando ninguém mais parece se importar. Algum macaco tem de ser o primeiro ou o qüinquagésimo, pois vai chegar um momento em que a sua ação criará uma energia capaz de mudar a mentalidade coletiva.
O seu pequeno ato pode fazer a diferença!
"O Centésimo Macaco" de Ken Keyes Jr.

1berto

...






"Enquanto o mundo enlouquece, 
a mão que borda exerce
um outro jeito 
de prece!"


Leia

Harmonia

                   

sábado, 29 de agosto de 2020

"A vida começa quando a violência acaba" 
Maria da Penha

Eu não te esqueço, mas nem teu endereço eu consegui...

                                                       

Chega de violência!

Gato e sapato, de Hilton Görresen

Existem expressões usadas até hoje que nos parecem absurdas, nada têm a ver com seu sentido. É o caso da expressão “fazer de gato e sapato”, significando abusar de alguém. O que tem a ver gato com sapato, além da rima? Se alguém pesquisar a origem desse dito popular, descobrirá que, na verdade, uma versão provável é (ou era) “fazer de gato sob pata”. Aí sim, um perverso animal tem o gatinho sob suas patas e faz o diabo com ele. Preferia que fosse “fazer de rato sob pata”, que serviria de incentivo à exterminação desse desagradável roedor. Como a frase é meio erudita, o povão terminou por simplificá-la.
Outra expressão mal entendida é a famosa “colocar as barbas de molho”. Qual o objetivo disso? Aliás, atualmente nem todos usam barba, como antigamente, a não ser os muçulmanos. Imaginem Bin Laden, quando vivo, passando a noite com a barba dentro de uma bacia de água. A não ser que ele soubesse que o provável é “colocar as bragas de molho”. Bragas é como nossos irmãos portugueses denominam as calças. Desse modo, pode-se muito bem colocá-las de molho, prevenindo-se para algum acontecimento futuro.
As barbas de nossos ancestrais também motivaram outra expressão: “não se pescam trutas a barbas enxutas”. Isso quer dizer que para conseguir esse delicioso peixe deve-se mergulhar na água com barba e tudo? Não. Aí novamente tudo se esclarece se substituirmos barbas por bragas. Não se pescam trutas sem entrar na água e molhar as calças. Essa troca de sentidos poderia motivar a expressão “não se pode defecar sem arriar as barbas”.
O povo gosta de dizer “este menino é o avô cuspido e escarrado”. Tem-se a impressão de que o pobre menino nada mais é do que o excremento do avô. Alguns defendem que o termo original é “esculpido em Carrara”, fazendo menção ao famoso mármore de Carrara, na Itália, utilizado pelos grandes escultores. Nesse caso, tem-se que o neto foi “esculpido” de modo perfeito, tendo como modelo o avô. Não sou a favor dessa versão, acho muito elitizada. Outra variante de sentido é “esculpido e encarnado”. Esculpido e tornado carne, como se fosse produzido por um Pigmaleão, que deu vida a uma estátua. Mas como o povão ia saber disso?
Há uns tempos, tornou-se constante na internet corrigir o sentido de algumas velhas expressões, já popularizadas. Mas algumas dessas correções, como “quem tem boca “vaia” Roma” são equivocadas. Por que alguém vaiaria Roma? Prefiro a sábia sentença, muito mais adequada: quem tem boca vai a Roma e a qualquer lugar do mundo.

Tempo

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

HG

"Pai, começa..."


Quando eu era criança e pegava uma tangerina para descascar, corria para meu pai e pedia: "Pai, começa o começo!” O que eu queria era que ele fizesse o primeiro rasgo na casca, o mais difícil e resistente para as minhas pequenas mãos. Depois, sorridente, ele sempre acabava descascando toda a fruta para mim. Mas, outras vezes, eu mesmo tirava o restante da casca a partir daquele primeiro rasgo providencial que ele havia feito. Não sou mais criança. E muitas vezes fico tão perdido sem saber pra quem pedir pra pelo menos, “começar o começo” de tantas cascas duras que encontro pelo caminho. Hoje, minhas “tangerinas” são outras. Preciso “descascar” as dificuldades do trabalho, os problemas no núcleo familiar, o esforço diário para fazer tudo certo, para não decepcionar as pessoas que me amam, as dúvidas e conflitos que nos afligem diante de decisões e desafios. Em certas ocasiões, minhas tangerinas transformam-se em enormes abacaxis… Lembro-me, então, que a segurança de ser atendido pelo papai quando lhe pedia para “começar o começo” era o que me dava a certeza que conseguiria chegar até ao último pedacinho da casca e saborear a fruta. Quando a vida parecer muito grossa e difícil, como a casca de uma tangerina para as mãos frágeis de uma criança, lembre-se de pedir a Deus: “Pai, começa o começo!” Ele não só “começará o começo”, mas resolverá toda a situação para você. Não sei que tipo de dificuldade eu e você encontraremos pela frente. Sei apenas que vou me garantir no amor eterno de Deus para pedir, sempre que for preciso: “Pai, começa o começo!”.

Língua portuguesa

Amar

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Mais uma luz se apaga no prédio em frente ao meu, é a última janela iluminada...

Saúde (moscas)

A arte chinesa e a arte grega, Rumi

Disse o Profeta, “Há alguns que me veem
sob a mesma luz que os vejo.
Nossas naturezas são unas.

Sem referência a linhagens
de parentesco, sem referência a textos e tradições,
nós bebemos o mesmo líquido da vida, juntos.”

Eis uma história sobre este mistério oculto:

Os chineses e os gregos estavam debatendo sobre quais seriam os melhores artistas.
O rei então disse, “Resolveremos tal questão com um debate”.
Os chineses começaram a falar,
mas os gregos nada diziam.
E foram embora.

Os chineses então sugeriram que a cada grupo fosse dado em salão
para que pudessem trabalhar em sua arte,
dois salões voltados um para o outro, separados por uma cortina.

Os chineses pediram ao rei por uma centena de cores, todas as variantes,
e a cada manhã eles voltavam onde as tintas eram deixadas
e as pegavam todas.
Os gregos não pegavam tinta alguma.
“Elas não são parte do nosso trabalho”.

Eles foram para o seu salão e começaram a limpar e polir as paredes.
Todo dia, a cada dia, tentavam deixar as paredes puras e límpidas
como o céu aberto.

Há um caminho que parte de todas as cores para a ausência de cor.
Saiba que a magnífica variedade das nuvens e do clima
vêm da simplicidade total do sol e da lua.

Os chineses concluíram sua arte, e estavam muito felizes.
Bateram seus tambores pela alegria da conclusão.
O rei entrou em seu salão,
espantado pelas cores maravilhosas e pelos detalhes.

Os gregos subiram a cortina que dividia os ambientes.
As imagens e figuras chinesas refletiram cintilantes
nos muros vazios dos gregos. Elas viviam lá,
ainda mais belas, e sempre
se modificando junto com a luz.

A arte grega é o caminho sufi.
Eles não estudam livros ou pensamento filosófico.

Eles fazem seu amor puro e cada vez mais límpido.
Sem desejos, sem raiva. Nessa pureza
eles recebem e refletem as imagens de cada momento,
daqui, das estrelas, do vazio.

Eles as absorvem
como se estivessem a ver
sob a mesma luminosidade
que os observa.

Sob sua luz eu aprendi como amar.
Ante sua beleza, como compor poemas.

Você dança em meu peito,
onde ninguém o vê,

por vezes tenho lhe visto,
e isto que contemplo torna-se minha arte.

Lição

                       

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Se depender de mim eu vou até o fim...

* Ninguém é Substituível *

Na sala de reunião de uma multinacional o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores...
Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "Ninguém é insubstituível"!
A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.
Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça.
De repente, um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim.
E Beethoven?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?
Silêncio…
O funcionário fala então:
- Ouvi essa história esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, mas no fundo, continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar.
Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Paulo Autran? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Carlos Drummond de Andrade? Albert Einstein? Picasso? Salvador Dali? Mozart?
O rapaz fez uma pausa e continuou:
- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem. E, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis.
Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos fortes e não utilizar energia em reparar seus erros ou deficiências?
Nova pausa e prosseguiu:
- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se BEETHOVEN era SURDO, se PICASSO era INSTÁVEL, CAYMMI PREGUIÇOSO, KENNEDY EGOCÊNTRICO, ELVIS PARANÓICO… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os PONTOS FORTES DE CADA MEMBRO. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.
Divagando o assunto, o rapaz continuava.
- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de técnico de futebol, que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas, ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola, ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.
Nunca me esqueço quando o Zacarias dos Trapalhões 'foi pra outra morada'... 
Dedé, ao iniciar o programa seguinte, entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... e hoje, para substituí-lo, chamamos: ... NINGUÉM, pois nosso Zaca é insubstituível!
O silêncio foi total!

Nunca esqueça: Cada um de nós é um talento único!
Pergunte à sua esposa, seus filhos e amigos se o substituiriam?
Com toda certeza ninguém te substituirá!
Autor Desconhecido

Atestado médico

Não (por querer)

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Gandhi

Erich Fromm

"A principal missão do homem, na vida.
É dar luz a si mesmo, e tornar-se
aquilo que ele é potencialmente."

Dia e noite sem parar procurei sem encontrar...

                                                         

Pensando...

                              

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

E se mudarmos as nossas crenças?

Um dia parei de acreditar que estava doente e fiquei curado.
Parei de acreditar que não merecia nada e a abundância me abraçou.
Parei de acreditar que não merecia amor e me amei.
Eu parei de dar poder ao que eu estava submetido, e naquele dia eu estava livre.
Eu entendi que tudo o que minha mente acredita, é o que na minha realidade se torna.
Eu entendi que tudo que estava em mim, na minha atitude, a minha maneira de pensar, sentir, falar. E que tudo fora era um verdadeiro reflexo do que está dentro... Então eu mudei... Eu parei de atender aos outros e eu comecei a prestar atenção ao meu coração. Eu entendi que o único ser que pode mudar minha vida... sempre fui eu!
E desde então minha vida se tornou um milagre constante.
Uma realização divina cheia de harmonia, paz e acima de tudo aceitação.
E finalmente eu poderia ser feliz, não por causa do exterior... mas pelo que decidi pensar, sentir e fazer.

E se mudarmos nossas crenças? Afinal, como vimos, estamos vivendo em um mundo onde fazemos o que acreditamos. E para fazer algo diferente, devemos acreditar em algo diferente. Pense nas muitas realidades alternativas que poderiam surgir se nos livramos das nossas crenças convencionais (em que todos concordam) só se preocupam com as coisas materiais, o que prevalece é a lei da selva, somos escravos frágeis e impotentes para os nossos genes. 

Não devemos apenas desmantelar a velha história e substituí-la por uma mais viável, mas também curar as feridas que a velha história produziu durante séculos. Reprogramação e cura devem ocorrer tanto individualmente quanto coletivamente. Em uma realidade fractal - o que está acima é como o que está abaixo - não pode haver um organismo evoluído sem primeiro ter células evoluídas. 

Dr. Bruce Lipton e Steve Bhaerman, do livro Biologia da Crença.

Primeira vez...

>>>>>>> Humberto Gessinger

Saudades

domingo, 23 de agosto de 2020

... seja você!

Falando de sexo... Hilton Gorresen

Você achou que eu ia contar alguma história picante? Cabecinha suja, hein? Vou falar de sexo, mas é do sexo das palavras.
Que o feminino de leão seja leoa, de gato seja gata, tudo bem. Mas por que outras palavras se repartem em masculinas e femininas? O sol, por exemplo, é masculino enquanto a lua é feminina. Será isso associado à imagem de que os dois formam um casal, o senhor Sol e a dona Lua? 
E a palavra mar? Entre nós é homem, mas na França é mulher, “la mer”. Linguagem para nós é feminino; para os espanhóis é masculino, “el linguaje” (pronuncia-se “linguarre”).
Gostaria de saber quem determinou o sexo das palavras. Iria lhe perguntar por que deixou palavras machas como televisão, aluvião no time feminino. E deixou umas coitadas na categoria de transexuais, como telefonema, que nasceu aparelhada para ser mulher e todos insistem em que é homem. Já personagem deveria ser masculino, mas alguns acham que não é. Prefiro (com apoio do meu Aulete) somente usá-lo no feminino quando representado por mulheres (a personagem Isolda, Julieta, Catifunda, etc.). 
E o machismo no vocabulário? Palavras femininas sentem isso na carne, se é que palavra tem carne. Se numa classe existem 50 alunas e um só aluno, o professar entra na sala e exclama: bom dia, meus alunos! Quando a mulher se destaca na política, para elogiá-la você deve dizer: Fulana é o melhor vereador da cidade! Se disser que ela é a melhor vereadora, estará limitando sua declaração ao grupo feminino. 
– Fulana é a melhor vereadora da cidade!
– É óbvio – exclama o colega invejoso – ela é a única vereadora.
Talvez por isso, Dilma Rousseff fez questão de ser chamada de presidenta. Enquanto não tivermos outra representante do sexo feminino no comando do país, para alguns poderá sempre ser considerada a nossa melhor presidenta. 
Outro tipo de discriminação sexual nas palavras: costureiro é o profissional rico e famoso, enquanto que costureira é aquela coitada que batalha em cima da máquina. Homem público é o político proeminente, conhecido em todo o país (mesmo que seja por suas safadezas); mulher pública é mulher de todos (para o torcedor fanático, é a mãe do juiz, quando este apita pênalti contra seu time). Vagabundo é o cara que optou por não trabalhar, já vagabunda...
Outras palavras são bissexuais assumidas: criança, turista, aprendiz ou artista. 
Quer aprender mais sobre sexo? Leia uma boa gramática.

Havia motivo pra tudo e tudo era motivo pra mais!

Confúcio (silêncio)

sábado, 22 de agosto de 2020

Mario Quintana

Alessandro José Machado

Reza a lenda que a gente nasceu pra ser feliz

Saudades

                                     

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Clarice Lispector

Dentes de ouro (última parte) - David Gonçalves

Quase meia-noite. Um silêncio cobria as ruas e o casario. Rosalinda empunhou a machadinha e se dirigiu, rígida, uma saliva pegajosa nos lábios frios, ao quarto onde o marido dormia. Quando levantou a machadinha para o golpe fatal, notou algo estranho no rosto de Arnaldo. Estava pálido, inerte, e não se percebia nenhuma respiração. Incrédula, abaixou a machadinha, o destino lavrara em seu favor, depositou-a no canto, e achegou-se à cama. O desgraçado estava morto. Com um espelhinho de bolso do próprio Arnaldo, testou se ainda respirava. Nada. Apertou o pulso, nada. Suspendeu a mão e a soltou. Caiu como um abacate podre. O filho de uma mãe sequer lhe dera o prazer de espatifar-lhe os miolos! “Pelo menos, me poupou trabalho” – confortou-se, levando a machadinha de volta, com certo brilho de satisfação estampado no rosto enrugado. 
O relógio antigo, herança de sua avó, badalou meia-noite. Ao mesmo tempo, uma ideia brilhou em sua mente. Não enterraria o miserável com os dentes de ouro. Foi ao quartinho dos fundos, onde o finado guardava os instrumentos de trabalho, pegou um alicate de cortar arames e pedras, retornou ao quarto. Abriu a boca de Arnaldo com a mão esquerda e com a direita arrancou um por um os dentes de ouro. O sangue tingiu a boca e o pescoço do finado. Em seguida, ela atochou a boca ensanguentada com algodão, limpando as manchas nas faces e no pescoço. Depois foi à pia da cozinha, lavou os dentes cuidadosamente com álcool, esfregando. Quanto valeriam? Embrulhou-os, após secá-los, num saquinho de pano, e sentou-se à mesa, pacientemente. 
Esperou o dia amanhecer. De vez em quando, espiava o morto. Estava sempre do mesmo jeito. O dia amanheceu. Ouviu galos cantando, passarinhos chilreando, a rua tomando vida. Ela tomou banho quente, demorado, vestiu a melhor roupa e saiu em direção da joalheria. “Algum lucro ainda terei” – pensava, caminhando rapidamente. “É o mínimo que o canalha pode me compensar.” As ruas já estavam movimentadas. Carros e ônibus emitiam sons abafados. De manhã, o calor já chegava aos 30 graus. O asfalto já dava sinais de aquecimento.
Na joalheria, a primeira cliente. Após discutir valores, fechou o negócio e saiu apressada. “Com dinheiro na bolsa, qualquer pessoa se sente mais confiante” – sorriu, embora a noite insone transparecesse nas grossas rugas. Havia outra preocupação. Caminhava a passos largos. Chegara o momento de avisar os vizinhos, os parentes, e preparar o enterro. “Um pouco de lágrimas faz bem", pensou. Estava cansada.
Entrou sorrateiramente. Não queria que nenhuma vizinha visse. Rápida, como uma ladra. Abriu a porta. Deparou com o Arnaldo tropeçando pelas cadeiras e mesas, com a boca ensanguentada, fantasma de outro mundo, gemendo, horrorizado, ao mesmo tempo em que dizia aos brados:
– Oh, meu Deus!, onde estão meus dentes?! O que aconteceu comigo?

...

Não procure paz onde paz não há. 
Não procure alguém onde não há ninguém. 
Não procure um céu azul no mar vermelho.

Tenha fé

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Louise Hay

"Cada pensamento que você tem e cada palavra que pronuncia, está criando seu futuro.
Use estes pensamentos e palavras para criar um futuro novo e maravilhoso para você.
Você é muito mais que seu corpo.
Você é pura consciência.
Você é uma linda e magnífica expressão da Vida.
Você e a Vida formam uma unidade.
Um Todo.
Nenhuma pessoa, nenhum lugar, nada tem algum poder sobre você.
Sómente você é capaz de pensar sua Vida.
Você é o Poder Criador.
Você é a autoridade em sua vida.
Você é uma divina e maravilhosa expressão da Vida.
Você é um Ser único.
Especial.
Maravilhoso.
Não há ninguém como você.
Desde o início dos tempos, neste planeta, nunca houve alguém como você.
E, nunca haverá alguém igual.
Por isto, não há competição ou comparação.
Você possui suas próprias habilidades.
Seus próprios talentos.
Com sua maneira especial de expressá-los.
Você merece seu próprio amor e sua própria aceitação.
Não por causa do que você já fez, mas apenas por existir.
Somos livres.
Nascemos para vencer.
Nosso futuro é brilhante, alegre e seguro.
Somos Um com o Universo, agora e para sempre.
Tudo o que você precisa saber lhe será revelado.
Tudo o que precisa virá até você através da Ordem Divina.
Você recebe uma proteção especial do Divino.
Fique em Paz.
Cuide bem de você."

Você sabe o que eu quero dizer não tá escrito nos outdoors...

Andreia Evaristo

Chico Xavier

Riqueza

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Gratidão!

Você cura o outro com suas mãos, 
com sua fala, com sua atitude.

Você cura com sua energia, com sua felicidade, 
com sua alegria e com sua maturidade.

Cura o pensamento, cura os chacras, cura as feridas e 
o mal olhado, cura tudo o que for preciso curar.

Cura com carinho e gratidão.

Cura pra libertar a dor e o sofrimento 
do outro e de si mesmo.

Cura e seja curado.

Gratidão por todos os seres de luz, terapeutas, 
healers (curandeiros), reikianos, professores, estudantes
 que compartilham das suas energias para curar.

Gratidão a todos que recebem a cura por se abrirem
 a essa possibilidade em suas vidas.

A cada segundo o pânico aumenta e uma sombra arrebenta a porta dos fundos

Segunda parte - Conto de David Gonçalves

Rosalinda já fora linda, quando nova. Os anos passaram. Pressentia, agora, a vida fugindo, esvaindo-se. Os sonhos se desfizeram. A realidade era amarga. O espelho – o seu pior inimigo. Evitava-o. Até mesmo para se pentear. Estava velha. Profundas rugas no rosto. No olhar, o desespero. Todas as noites, ouvia a mulher da foice rondando a casa. Entrara, sem saber, no caminho dos ratos, uma rosca sem fim, e não sabia onde iria parar. Sem perceber, a vida se escoara.
O marido? Um bolha. Não compreendia por que se apaixonara por um inútil. Amor cego. Tantos homens no mundo e ela se deixara engabelar por Arnaldo. Não tinha ambição alguma. Contentava-se com pouco. Trabalhava para o sustento. E só. As contas do armazém aumentavam. 
– Fui tola! Que ódio...
Muitas amigas casaram-se bem e fizeram fortuna. Estavam ricas, vestiam-se como rainhas, esbanjavam dinheiro, viajavam aos Estados Unidos, ao Caribe, à Europa. Emília – a mais quieta e feia, nem sabia vestir-se para o baile do colégio – casara-se com um sujeito inexpressivo, que ria feito besta, o rosto cheio de sardas, e se tornara deputado, dono de meio mundo. Glorinha fumava maconha, bebia, praticava amor livre, vivia com os drogados, e se tornara esposa do vice-governador. Jacira, miudinha e vesga, mudara-se para o Canadá, casara-se, tornara-se mãe de família. E tantas outras. Mas ela, Rosalinda, que causava inveja, por duas vezes escolhida a mais bela do colégio, que disputara o concurso miss Quadrínculo e ficara em segundo lugar, e só não ganhara porque houve roubalheira, protecionismo, metera-se no caminho dos ratos, uma rosca sem fim. Arnaldo era imprestável. Nunca passara fome. Mas estavam encalhados numa vida horrível, jamais sairiam do lugar. Os dias passavam velozes. O que fazer? De bom no marido, somente os dentes de ouro. A boca rica. Nada mais. Quando sorria, os dentes brilhavam. 
– Os anéis se fecham! – exclamou, o estômago cheio de nódoas. – O que será de mim? Que vida miserável. Mas ele me paga!
Quando Arnaldo chegou do bar e começou a peidar por todos os cantos, ela se transformou numa estátua de pedra. A casa fedeu. Um cheiro insuportável. A pirraça do marido a deixou possuída. Havia em seu olhar a presença da morte. Estava resolvida a matá-lo. Colocaria fim nas suas angústias. Guardara, atrás da porta, a machadinha afiada, que era usada para matar e destrinchar porcos. Quando ele estivesse em sono profundo, daria o ultimato. (continua...)

Dicas

Sêneca

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Aristóteles

“Nossa compreensão do universo 
ainda é muito pequena
para julgar o que quer 
que seja na nossa vida”

Maria Cristina Dias

Tá vendo? Já passou.

Aguarde...

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Reiki

Dentes de ouro (primeira parte) - David Gonçalves

Um dos homens acotovelou-se no balcão ensebado do bar e riu constrangido, mostrando cinco dentes de ouro. Chamava Arnaldo. Estava bêbado e furioso. O outro – de bigode e sobrancelhas espessas – ouvia, ouvia, ouvia: quieto, também bêbado. De vez em quando levantava as mãos, impaciente, meneando a cabeça.
– Essas mulheres! – Arnaldo arrastava as palavras. – Estou velho mesmo! Mas a vaca não pode me destratar assim. Não sou um traste. Quando a gente se casa, é uma pombinha. Depois se transforma numa arara, trepando pelas paredes, falando, falando, a ponto de acabar com a vida de um homem. Ainda não nasceu quem possa entender as mulheres. Elas me tiram do sério. Por diversas vezes, acredite, já tive vontade de estourar os miolos. Ainda bem que pensei nos filhos e nos netinhos...
Tomou outra golada da branquinha. Perguntou:
– Tua mulher também é uma gralha?
– É, sim. Eu me tornei surdo. Já sou capaz de não ouvi-la. Quanto mais braba fica, falando, rosnando, gritando e me ameaçando, mais surdo fico.
– Ah, que beleza. Vou experimentar essa receita. Funciona?
– É claro. Mas tenho outras. Melhores. Tiro e queda.
– Então, diga. Quem sabe, consigo dominar aquela besta quadrada, e ter um pouco de sossego.
– Eu peido.
– O quê?!
– Eu peido. As mulheres não gostam de peido.
Arnaldo se abriu numa risada gostosa. Os cinco dentes de ouro brilharam. O amigo continuou:
– Mas tem arte no negócio. Quando a companheira está braba igual cascavel, o negócio é peidar e peidar. O dia todo. A noite toda. A qualquer momento. Bem na frente dela. E também na frente das visitas. Na frente do sogro, da sogra, da nora, do genro. Pra isso, você tem que descobrir que tipo de comida produz peido. Comigo, já sei. Rabada, batata cozida, quiabo, agrião, couve e um litro de cachaça. Tudo junto, num prato só. Ah, ia-me esquecendo: pimenta-malagueta. Quando não consigo esse prato, dou uma de alemão: repolho roxo azedo, vinagre, ovo cozido, peixe e pepino em conserva com rodelas de cebola. Mas eu prefiro rabada. A mulher esbraveja. Eu peido. Fica furiosa. Eu peido. Joga minhas roupas na rua. Eu peido. É um festival. Peido sentado, em pé, de cócoras, acordado e dormindo.
– Minha nossa! Eu não sabia. Tão fácil – ria-se abertamente Arnaldo, deixando os dentes de ouro à mostra.
– A gente dá duro, não deixa faltar nada, trabalha como camelo e elas ficam azarando. Sou contra bater em mulher. Nada de agressividade. Nunca relei as mãos nela. Muitos são bestas, nada sabem. Batem na mulher, nas crianças e na sogra. Acabam na delegacia, e presos. Eu peido. De todos os jeitos. Nunca vi alguém preso porque peidou.
– Acabo de ter uma ideia, amigo. Vou botar pra quebrar. O que tem no bar, hoje, que possa resolver minha vida? Eu também quero peidar. Bem na cara da filha da puta.
– Olha, Arnaldo, ali você tem peixe em conserva, pepino em conserva, torresmo, cebolinha a vinagrete, ovo cozido, pastéis frios engordurados e pimenta-malagueta. E a cachaça que já está tomando. Você chega em casa peidando até nas paredes.
– Ela me paga! É o que vou comer. Agora mesmo.
Com um gesto abrupto, chamou o dono do bar. Pediu tudo. Comeu tudo. Bebeu todas.
– É isso aí, Arnaldo. Não dê moleza, senão ela trepa nos seus costados. 
Depois se despediram. O chão parecia fugir dos pés. Arnaldo suava frio. Mas sentia-se satisfeito. Havia um barulhinho esquisito no estômago descendo para a barriga. “Ela me paga! O dia da vingança chegou, velha rabugenta!” Estava leve, o mundo flutuava como um pássaro na noite. 
Quando abriu a porta, divisou a mulher sentada na cozinha – quieta, esfregando as mãos de raiva, tinha um olhar fulminante. Ele, então, soltou o primeiro peido. Foi um sucesso. Deu uma volta pela sala. Mais outro. Bem barulhento. Fino, como se fosse um assobio. No quarto, mais outro. E mais outro. Bem alto e grosso. Voltou à cozinha e, na frente da mulher enfurecida, soltou o peido cheio de ira. A mulher cerrou os lábios de raiva. A casa fedia. Ele não parou. O gato estava dormindo no sofá. Ele foi até lá e soltou um bem alto. O gato saiu correndo, assustado. A mulher começou a gritar. Ele peidou mais. O fedor tomou conta da casa. Satisfeito, foi ao banheiro, tomou banho com roupa e tudo. Em seguida, deitou-se: molhado, a boca aberta, escancarada, os dentes de ouro brilhando no escuro. Dormiu. (continua...)

Que atraem meus instintos mais...

Confúcio (morte)

domingo, 16 de agosto de 2020