terça-feira, 14 de junho de 2016

Exposição "Histórias Registradas: o protagonismo feminino na área rural de Joinville"


Este projeto, desenvolvido para a conclusão do Curso Superior de Tecnologia em Fotografia da Universidade da Região de Joinville - UNIVILLE, conta com a exposição fotográfica "Histórias Registradas: o protagonismo feminino na área rural de Joinville", da acadêmica Taís Pabst Vater. O trabalho apresenta um olhar sobre a mulher protagonista na área rural, destaque naquilo que faz, lutando por seus direitos, seus ideais e sendo exemplo para muitas outras. A exposição inaugura dia 16 de junho na Casa Krüger e está aberta à visitação de terça a domingo.

"Segundo o dicionário Aurélio, o protagonismo "é o desempenho do papel de protagonista de uma peça teatral, filme, série televisiva, livro ou a qualidade do que se destaca em qualquer acontecimento, área ou situação". O protagonismo feminino tem sido tema de destaque nos últimos anos, visto que as mulheres buscam seu papel ativo na sociedade, lutam por seus direitos e querem ser reconhecidas. São inúmeras as mulheres que se destacam e que são pioneiras e ocupam um papel importantíssimo na sociedade. Mas nem sempre foi assim, as mulheres muitas vezes não foram vistas como cidadãs que podem contribuir ativamente. O papel feminino, em geral, era destinado às tarefas domésticas e era o homem quem exercia a liderança.Em algumas culturas, como a Ocidental, a figura feminina foi associada ao pecado e à corrupção do homem segundo a tradição judaico cristã. Assim, também a figura feminina foi interpretada com uma ideia de fragilidade e dependência, criando uma sociedade patriarcal e machista (RIBEIRO, 2016). Em alguns países do Oriente, onde há forte influência religiosa, a identidade feminina é marcada pela submissão ao masculino. Em países como o Irã e Afeganistão, a mulher deve usar uma "Burca" cobrindo os cabelos e corpo,símbolo de submissão e repressão.Nesses países, no tribunal, o voto da mulher tem metade do valor e se ela tiver maior nível de escolaridade que o homem ainda assim o salário será menor. Outro país onde a segregação de gênero é grande é na Líbia. As casas são construídas com salas separadas para homens e mulheres, a mulher não pode socializar com homens. É o pai ou o marido que decide se a mulher irá ter uma profissão e irá trabalhar fora (REVISTA EXPANSÃO, 2016). No Brasil, as realidades são diversas, e esse projeto propõe um olhar sobre as mulheres na área rural de Joinville, que lutam por seus direitos e para serem reconhecidas, para que seu trabalho seja valorizado, para que tenham direito à previdência e à aposentadoria, por exemplo. Esse protagonismo muitas vezes se acentua com a ausência da figura masculina, quando a mulher perde o cônjuge ou quando essa figura masculina não está presente por algum motivo, e a mulher precisa assumir as responsabilidades da família e passa a ter o papel principal (CARNEIRO, 2016). São mulheres batalhadoras que lutam para assumir o rumo de suas vidas e devem ser reconhecidas por aquilo que fazem, devem ser valorizadas, quando muitas vezes são menosprezadas. A igualdade de gênero ainda é um assunto pouco resolvido, é preciso que haja uma mudança de postura, de pensamento e de atitude para que esteja presente na sociedade. Fotografar mulheres que são ícones nesse sentido é uma forma de mostrar para a sociedade a importância do trabalho feminino. As mulheres aqui retratadas se colocam à disposição para construir uma sociedade mais justa e lutam para defender os seus ideais, as coisas em que acreditam. Querem sobreviver e viver colorindo o mundo com a beleza e o toque feminino, mas também com a força feminina, mostrando que não só cuidamos afazeres domésticos, mas exercem também outras atividades e se esforçam para viver em uma sociedade mais igualitária. O projeto "O protagonismo feminino na área rural de Joinville" mostra algumas dessas mulheres, onde elas estão e o que elas fazem."