Com o tema “Violas Brasileiras”, a 18ª edição do Sonora Brasil, maior projeto de circulação musical do país, chega ao Estado em formato de mostras musicais, em uma realização do SESC. De 03 de novembro a 05 de dezembro, a Mostra Sonora Brasil Sesc circula por 23 cidades de Santa Catarina, somando 96 apresentações gratuitas. Cada município recebe quatro concertos – um por dia: “Violas Caipiras”, “Violas em Concerto”, “Violas no Nordeste” e “Violas Singulares”, sempre com entrada franca. Os ingressos podem ser retirados na bilheteria do Teatro a partir das 19h no dia de cada apresentação.
Em Joinville, a mostra acontece entre os dias 02 e 05 de dezembro, encerrando a edição no Estado
* Dia 02 de dezembro (quarta) às 20h - Violas Caipiras | Levi Ramiro (SP) e Paulo Freire (SP)
Eles vão apresentar repertório que trata desde exemplos mais remotos, como os recolhidos nas pesquisas desenvolvidas por Freire no interior de Minas Gerais, e os que povoam a memória de Ramiro desde a infância, até compositores da atualidade, mostrando um panorama do desenvolvimento do instrumento na região.
* Dia 03 de dezembro (quinta) às 20h - Violas de Concerto | Fernando Deghi (PR) e Marcus Ferrer (RJ)
O duo apresenta a viola no ambiente de concerto por meio de repertório que remonta ao período colonial brasileiro, anterior à consagração do violão como principal instrumento acompanhador na música. E chega aos dias atuais pelo repertório de compositores contemporâneos que representam uma importante fase da música brasileira em que a viola caipira, consagrada no meio rural, abre espaços nas salas de concerto e vira objeto de estudos no meio acadêmico chegando, inclusive, a se tornar curso de bacharelado.
* Dia 04 de dezembro (sexta) às 20h
Violas no Nordeste | Antonio Madureira (PE), Ivanildo Vilanova (PB) e Cassio Nobre (BA)
Os três músicos convidados, expoentes em suas áreas, reconhecidos pela dedicação ao repertório tradicional desse instrumento, apresentam uma síntese da presença da viola na cultura nordestina. A viola no Nordeste pode ser encontrada em sua forma mais tradicional, como a presente na região Sudeste, mas também em variantes típicas da região, como a utilizada por repentistas, que possui um sistema acústico que melhora a projeção do som e a machete, característica da região do Recôncavo Baiano.
* Dia 05 de dezembro (sábado) às 20h
Violas Singulares | Sidnei Duarte (MT), Rodolfo Vidal (SP) e Mauricio Ribeiro (TO)
As violas singulares são aquelas que não foram difundidas além de suas regiões de origem, permanecendo sempre ligadas a gêneros musicais bastante regionalizados, como o fandango do norte do Paraná e sul de São Paulo, o cururu e o siriri do estado do Mato Grosso e os ritmos tradicionais do cerrado.
Os shows abordam aspectos do desenvolvimento do instrumento no país, mostrando que o uso da viola ultrapassa as fronteiras do interior e chega às salas de concerto, ampliando sua presença nos espaços destinados à música clássica. No Sudeste, a viola se consagrou com as denominações caipira e sertaneja. Em São Paulo, no Paraná e no Mato Grosso, o uso da viola está ligado a gêneros musicais regionalizados e no Nordeste e Recôncavo Baiano, ela é encontrada em sua forma tradicional, mas também é utilizada em variantes típicas da região.
O Sonora Brasil – Formação de Ouvintes Musicais é um projeto nacional do Sesc, que tem a proposta de despertar um olhar crítico sobre a produção e sobre os mecanismos de difusão de música no país. A ação possibilita às populações contato com a diversidade da música brasileira e contribui para o conjunto de ações desenvolvidas pelo Sesc, visando à formação de plateia. O biênio 2015/2016 tem como temas “Violas Brasileiras” e “Cantos de trabalho”. No próximo ano, chegará ao Estado o circuito “Cantos de Trabalho,” com grupos que apresentam a música como expressão de atividades laborais rurais e urbanas.