domingo, 18 de outubro de 2015

Curiosidade médica

Quando pensamos na evolução da medicina, geralmente lembramos das descobertas da cura de doenças, das vacinas, dos antibióticos etc., mas nunca pensamos direito no porquê das cores das roupas dos médicos, enfermeiros e outros profissionais da área de saúde.

O branco nas roupas dos médicos surgiu no final do século XIX, quando se provou que muitas doenças vinham da falta de assepsia nos hospitais, e a roupa branca e limpa virou norma. Mas por que, nas salas de cirurgia, os cirurgiões, anestesistas e auxiliares usam roupa azul ou verde? Embora poucas pessoas tenham pensado nisso, existe uma razão importante para essa regra. 

As cores azul e verde são opostas ao vermelho (a cor do sangue) na “roda das cores” e por isso são adequadas para melhorar a visão dos médicos durante o procedimento. Observe a figura abaixo. Olhe fixamente por 10 segundos para o centro deste coração vermelho e, em seguida, olhe para uma superfície branca.
Aposto que você viu uma sombra de um coração azul-esverdeado. Pois é, se as roupas e paredes da sala de cirurgia fossem brancas a visão dos médicos ficaria muito prejudicada em relação ao vermelho do sangue que eles olham fixamente durante a cirurgia. A ilusão de ótica criaria vários “fantasmas” e isso distrairia os profissionais. Foi aí que surgiu a ideia de usar roupas azuis ou verdes na sala de cirurgia. Os “fantasmas” azuis-esverdeados se fundem à cor do tecido e se tornam neutros. É como se essa cor atualizasse o cérebro dos médicos para a cor vermelha. Isso causa um conforto na visão dos profissionais e aumenta sua concentração.

Os truques do cérebro vão além. De acordo com especialistas, o nosso cérebro interpreta uma cor em relação outra e, olhando por muito tempo para variações entre vermelho e rosa, o sinal dessas cores no cérebro fica desbotado e o cirurgião pode correr o risco de perder a sensibilidade aos tons de vermelho. Assim, olhar para cores frias como verde e azul de vez enquando atualiza o cérebro e nos faz ficar mais sensíveis ao vermelho.

Fonte: http://www.editoracontexto.com.br/