* Questionamentos surgem sobre à medida de internação compulsória, reprovada por muitos: a Organização Mundial da Saúde atesta que a dependência química é doença e, portanto, o serviço de saúde deve realizar o tratamento. Qualquer pessoa deveria receber avaliação médica e receber tratamento, mas infelizmente não é isso o que ocorre. Por quê?
Os programas governamentais, estão sendo direcionados para combater as pessoas drogadas e não as drogas. Tipo, estão "limpando as ruas". Preocupados em manter a boa aparência das cidades em função dos eventos programados com visibilidade para o mundo.
E, depois? Retornarão a ser casos de polícia?
Existe consenso de que o enfrentamento às drogas é uma questão complexa e que deve ser realizado intersetorialmente, entendendo que é uma questão de saúde e, portanto, deve ser pensado e proporcionado o tratamento adequado, bem com é questão de assistência social, entre outras. A população em situação de rua e de dependentes químicos cresce e, não temos uma fórmula mágica para tirar todas as pessoas das ruas e das drogas, mas podemos trabalhar para ampliar as condições de emancipação dessas pessoas oferecendo alternativas para aquelas que querem se ver livres da droga e da situação de rua.
* Outra questão: a dificuldade em se combater a questão das drogas devido ao forte interesse econômico que há. Pois não vemos projetos de lei para combater as drogas em boates e afins. O que vemos é uma associação da questão das drogas apenas com a população de menor poder aquisitivo, associada sempre à violência. Enfim, políticas meramente higienistas.