domingo, 12 de janeiro de 2020

Hebert de Souza

Se não vejo na criança uma criança, é porque alguém a violentou antes, 
e o que vejo é o que sobrou de tudo que lhe foi tirado.
Essa que vejo na rua sem pai, sem mãe, sem casa, cama e comida,
essa que vive a solidão das noites sem gente por perto, é um grito, é um espanto.
Diante dela, o mundo deveria parar para começar um novo encontro, 
porque a criança é o princípio sem fim e o seu fim é o fim de todos nós.