O crescente e indiscriminado uso dos mais variados tipos de drogas ilícitas, notoriamente entre adolescentes, levou a Secretaria de Educação de Joinville a fortalecer a parceria com a Secretaria de Estado, da Justiça e da Cidadania na implantação de projeto de prevenção à criminalidade nas escolas municipais. A primeira experiência, bem sucedida, aconteceu em março deste ano na Escola Municipal Amador Aguiar, no bairro Adhemar Garcia. Agora foram acrescidas mais oito escolas das zonas Leste, Norte e Sul ao projeto, envolvendo 1.832 estudantes do 5º ao 7º ano do ensino fundamental.
O programa é executado pela Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA) tendo como meta a ampliação do diálogo no âmbito familiar. As oito escolas que passam a integrar o projeto estão localizadas em regiões de alta incidência de criminalidade e de vulnerabilidade social, as quais receberão palestrantes, que desenvolverão Grupos Temáticos, quinzenalmente, durante três meses. Os integrantes dos grupos são pais de alunos que participam de palestras educativas, com o objetivo de orientação sobre os malefícios causados pelas drogas.
Os psicólogos e assistentes sociais que realizam as reuniões e palestras explicam que a frustração, a timidez, a busca por prazer e até mesmo para aceitação no círculo de amizade são alguns dos motivos que levam jovens a buscar como alternativa as práticas autodestrutivas, erroneamente, como forma de resolução de problemas, muitas vezes desencadeando violência e aumentando ainda mais a criminalidade.
A gerente de Assistência ao Educando de Joinville, Silvane Kunde, explica que o grande alvo são os pais, que participam de palestras à noite nas escolas com ênfase na ampliação do diálogo dentro de casa. “Na prática, estamos incorporando a proposta deste projeto da Central de Penas ao nosso programa “Aprendendo a Ser e a Conviver” de prática continuada de valores culturais, éticos, morais, na formação do caráter e da cidadania”.
O projeto foi idealizado pela coordenadora técnica operacional das Centrais de Penas do Estado de Santa Catarina, Wanderléa Maria Machado, pela psicóloga Cyntia Maciel e pela assistente social Taís Coelho da Silva. A execução é de responsabilidade da Central de Penas e Medidas Alternativas de Joinville, pelas psicólogas Édina Teresinha Acordi, Dulce Maria T. de A. Monich e pelas assistentes sociais Kátia Regina Vieira Pereira Aguiar e Silvana de Melo Santos. Também participam a Comunidade Terapêutica Essência de Vida, Universidade da Região de Joinville (curso de Psicologia) e a Secretaria Municipal de Educação de Joinville.